sexta-feira, 27 de março de 2009

Apoio a Ocupação em Defesa da Cultura

Companheir@s,

Hoje no dia mundial do teatro e do circo, os trabalhadores de cultura ocupam o prédio da Funart no centro de São Paulo, exigindo um diálogo efetivo entre os trabalhadores de cultura e o ministério da cultura.

Convocamos tod@s a estarem na frente da Funarte, como forma de apoio ao movimento, que é interesse de todos os trabalhadores.

Endereço da Funarte: Alamenda Notmann, 1058 no Campos Eliseos (próximo do metrô Santa Cecília ou Marechal)Telefone: (11) 7852-7705 - (11)9499-9838
Abaixo segue a Carta Aberta ao Ministério da Cultura, e moção de apoio.

Saudações de Luta

Movimento 27 de Março

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CARTA ABERTA AO MINISTÉRIO DA CULTURA

Hoje, no Dia Mundial do Teatro, nós, trabalhadores de grupos teatrais de São Paulo organizados no Movimento 27 de Março, somos obrigados a ocupar as dependências da Funarte na cidade. A atitude extrema é provocada pelo falso diálogo proposto pelo governo federal, que teima em nos usar num debate de mão única. Cobramos, ao contrário, o diálogo honesto e democrático que nos tem sido negado.

O governo impõe um único programa: a transferência de recursos públicos para o marketing privado, o que não contempla a cultura mas grandes empresas que não fazem cultura. E se recusa, sistematicamente, a discutir qualquer outra alternativa.

Trocando em miúdos.

O Profic – Programa de Fomento e Incentivo à Cultura, que Vv. Ss. apresentam para discussão como substituto ao Pronac, que já existe, sustenta-se sobre a mesma coisa: Fundo Nacional de Cultura – FNC, patrocínios privados com dinheiro público (o tal incentivo/renúncia fiscal que todos conhecem como Lei Rouanet) e Ficart – Fundo de Investimento Cultural e Artístico.

Ora, o Fundo não é um programa, é um instrumento contábil para a ação dos governos. Já o Ficart (um fundo de aplicação financeira) e o incentivo fiscal destinam-se ao mercado, não à cultura. O escândalo maior está na manutenção da renúncia/incentivo fiscal, a chamada Lei Rouanet, que o governo, empresas e mídia teimam em defender e manter.

O que é a renúncia ou incentivo fiscal? É Imposto de Renda, dinheiro público que o governo entrega aos gerentes de marketing das grandes empresas. Destina-se ao marketing das mesmas e não à cultura. É o discurso que atrela a cultura ao mercado que permite esse desvio absurdo: o dinheiro público vai para o negócio privado que não produz cultura e o governo transfere suas funções para o gerente da grande corporação. Diminuir a porcentagem dessa transferência ou criar normas pretensamente moralizadoras não muda a natureza do roubo e da omissão do governante no exercício de suas obrigações constitucionais. Não se trata de maquiar a Lei Rouanet (incentivo fiscal); trata-se de acabar com ela em nome da cultura, do direito e do interesse público, garantindo-se que o mesmo dinheiro seja aplicado diretamente na cultura de forma pública e democrática.

Assim, dentro do Profic, apenas a renúncia fiscal pode se apresentar como programa, um programa de transferência de recursos públicos para o marketing privado, em nome do incentivo ao mercado. Trata-se, portanto, de um programa único que não vê e não permite outra saída, daí ser totalitário, autoritário, anti-democrático na sua essência.

E é o mesmo e velho programa que teima em mercantilizar, em transformar em mercadoria todas as atividades humanas, inclusive a cultura, a saúde e a educação, por exemplo. Não é por acaso que os mesmos gestores do capital ocupam os lugares chaves na máquina estatal da União, dos Estados e Municípios, coisas que conhecemos bem de perto em nosso Estado e capital, seus pretensos opositores.

E esse discurso único não se impõe apenas à política cultural. É ele que confunde uma política para a agrícultura com dinheiro para o agronegócio; que centra a política urbana na construção habitacional a cargo das grandes construtoras; e outra coisa não fazem os gestores do Banco Central que não seja garantir o lucro dos bancos. Não há saída, não há outra alternativa, os senhores continuam dizendo, mesmo com o mercado falido, com a crise do capital obrigando-os a raspar o Tesouro Público no mundo todo para salvar a tal competência mercantil.

Pois bem, senhores, apesar do mercado, nós existimos. Somos nós que fazemos teatro, mas estamos condenados: não queremos e não podemos fabricar lucros. Não é essa a nossa função, não é esse o papel do teatro ou da cultura. Nós produzimos linguagens, alimentamos o imaginário e sonhos do que muitos chamam de povo ou nação; nós trabalhamos com o humano e a construção da humanidade. E isso não cabe em seu estreito mundo mercantil, em sua Lei Rouanet e seu programa único.

Nós somos a prova de que outro conceito de produtividade existe. Os senhores continuarão a tratar o Estado e a coisa pública apenas como assuntos privados e mercantis? Continuarão a negar nosso trabalho e existência? Continuarão a negar a arte ou a cultura que não se resumem a produtos de consumo?

Por isso, além do FNC, exigimos uma política pública para a cultura que contemple vários programas (e não um único discurso mercantil), com recursos orçamentários e regras democráticas, estabelecidos em lei como política de Estado para que todos os governos cumpram seu papel de Poder Executivo.

É esse diálogo que os Senhores se negam, sistematicamente, a fazer enquanto se dizem abertos ao debate. Debate do quê? Do incentivo fiscal. Mas nos recusamos a compartilhar qualquer discussão para maquiar a fraude chamada Lei Rouanet.

Queremos discutir o Fundo. Mas queremos, também, discutir outros programas e oferecemos, novamente, o projeto de criação do Prêmio Teatro Brasileiro como um ponto de partida. Os Senhores estão abertos a este diálogo?

Movimento 27 de Março
São Paulo, Dia Mundial do Teatro e do Circo

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Precisamos de apoio, segue abaixo modelo de moção, para ser envido para e-mail do movimento: movimento27demarco@gmail.com Ministro da Cultura Juca Oliveira: cgm@cultura.gov.br Secretaria do Estado: secretario@cultura.sp.gov.br Secretaria Municipal: cultura@prefeitura.sp.gov.br

Moção de Apoio

Nós ______ apoiamos o Movimento 27 de Março de trabalhadores da cultura, pois entendemos que suas reivindicações são legitimas e de interesse de todo o povo brasileiro, pois lutam em favor de políticas públicas e contra a privatização da cultura.

Os atuais governos federal, estadual e municipal, devem dizer um basta à política de privilégios, à entrega do Estado à iniciativa privada, à perda dos direitos dos trabalhadores e ao fisiologismo político que trata as questões da soberania nacional como uma bolsa de valores sem nenhum outro horizonte a não ser luta pelo poder.

Todo apoio à ocupação da Funarte!
27 de março de 2009

quinta-feira, 26 de março de 2009

Solidariedades aos trabalhadores Colombianos

Procuraduría General de la República, Dr. Mario Iguarán -
Felipe Silva, presidente de Nestlé de Colombia S.A. -
Enrique Rueda, Gerente de Recursos Humanos Nestlé de Colombia S.A. -
Con copia para la dirección de Sinaltrainal -


Prezados senhores
Nós os trabalhadores da fábrica ocupada Flaskô, tomada e controlada pelos trabalhadores desde 12 de junho de 2003, tomamos conhecimento das ameaças realizadas no último dia 13 de março contra trabalhadores da Nestlé na Colômbia. Sabemos que a cada dias se ampliam os ataques contra a democracia e a luta dos trabalhadores, e isto não podemos aceitar.
Estranhamente, estas ameaças surgiram no momento onde, cumprindo seu dever, o sindicato apresentou uma lista de reivindicações à direção da multinacional Nestlé.
Ficamos extremamente preocupados com a gravidade da situação, principalmente por se tratar de um episódio que envolve o nome de uma multinacional que possui denúncias de crimes contra os direitos humanos.
Trabalharemos aqui no Brasil para ampliar a campanha de denuncia, esclarecimento e de defesa do sindicato
Externamos nossa solidariedade ao Sinaltrainal e aos membros de sua direção, bem como aos trabalhadores ameaçados, e repudiamos estes acontecimentos que atentam contra os direitos humanos e contra o povo da Colômbia.
Por fim, saudamos o Sinaltrainal pelo seu trabalho, de reconhecimento internacional, em defesa dos direitos dos trabalhadores, da vida e do meio ambiente.
Nós do Movimento das Fábricas Ocupadas hipotecamos nossa mais sincera solidariedade aos companheiros e informamos que daremos conhecimento desta luta por toda parte onde pudemor.

Sumaré, 25 de março de 2009Pedro Santinho pelo Movimento das Fábricas Ocupadas

sexta-feira, 20 de março de 2009

TRT condena abuso da Embraer, mas não anula demissões Leonardo Severo – CUT

Todas as 4.270 demissões realizadas pela Empresa Brasileira de Aeronáutica, ocorridas no dia 19 de fevereiro, foram condenadas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas como "ato abusivo", por não terem sido negociadas anteriormente com os funcionários nem com sua representação sindical.
Conforme o parecer do relator, José Antonio Pancotti, cujo voto foi acompanhado pelos cinco desembargadores e os três juízes do tribunal, faltou "sensibilidade aos diretores da empresa neste momento de crise econômica".
Mas, contradizendo suas próprias declarações, o TRT negou o pedido de liminar pela nulidade das demissões, não reintegrando um único trabalhador. Na avaliação do juiz do trabalho Jorge Luiz Souto Maior, professor da Faculdade de Direito da USP, há justificativa legal para anular o abuso destas demissões em massa, uma vez que a Constituição brasileira as proíbe: "Há algum tempo se diria que o empregador pode demitir e pronto.
Hoje, há um avanço na consideração de que essas dispensas arbitrárias não estão amparadas pelo direito". Do ponto de vista monetário, o tribunal também cedeu, concordando integralmente com a proposta já apresentada pela direção da Embraer de pagar a cada funcionário demitido uma indenização no valor de dois salários correspondentes ao aviso prévio, com limite de R$ 7 mil, e a garantia de assistência médica familiar por um ano, de 13 de março de 2009 a 13 de março de 2010.
O TRT decidiu que, no período em que as demissões foram suspensas, a Embraer deve arcar com salários e todos os direitos trabalhistas (FGTS, INSS, convênios e proporcionalidades do 13º salário e férias). Conforme o tribunal, o período da suspensão das demissões vai de 19 de fevereiro, dia em que a fabricante de aviões demitiu 4.270 operários, até o dia 13 de março. Os trabalhadores vão recorrer da decisão ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília, já que não foi julgada a "nulidade das demissões", requerida como imprescindível para reparar o dano sofrido pelos milhares de funcionários.
De acordo com o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, a reintegração de cada um dos 4.270 demitidos da Embraer é uma bandeira dos que lutam por justiça. "É uma reivindicação que estará presente conosco nas ruas de todo o país no próximo dia 30 de março, quando as centrais e os movimentos sociais realizarão uma jornada nacional unitária em defesa do emprego, do salário e dos direitos", afirmou. Na avaliação de Artur, "há um aspecto positivo na decisão do Tribunal Regional do Trabalho, que é o de demonstrar a necessidade da negociação com as entidades sindicais".
Ao não garantir a reintegração dos trabalhadores, destacou, "o poder normativo da Justiça do Trabalho mostrou seus limites, do ponto de vista da interferência, pois ficou sem reverter um processo bárbaro". "Agora, precisamos dar continuidade às ações judiciais, ampliar a pressão unitária, a mobilização e incentivar a resistência, pois são demissões massivas, resultado da incompetência administrativa, do amadorismo gerencial e do oportunismo. Como a direção da Embraer não levou em conta os altos lucros obtidos em períodos anteriores, sem negociar com ninguém e sem considerar que demissões vão na direção contrária ao enfrentamento da crise, já que enfraquecem o mercado interno?", questionou.
O presidente cutista lembrou que a Embraer tem recebido ao longo dos anos aportes do BNDES, cujo patrimônio é em grande parte composto por recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador: "A empresa quebrou recordes no ano passado, quando vendeu 204 aparelhos contra os 195 que ela mesma estimava, num crescimento de 20% se comparado ao de 2007. Em recente lista que inclui multinacionais, figura como a 16ª maior receita entre as indústrias em atuação no território nacional e como o 15º maior lucro líquido".
Um dia antes de anunciar as demissões, recordou Artur, "um alto executivo da empresa, em entrevista ao jornal Gazeta Mercantil, afirmou que a Embraer via na crise ‘uma grande oportunidade' e que apostava em seu crescimento na América Latina. Diante de tais fatos, é ou não é oportunismo demitir 4,2 mil trabalhadores sem nenhuma tentativa prévia de encontrar solução mais ousada e responsável, sem considerar as famílias de seus trabalhadores, a cidade que acolheu a empresa ou o país que tanto a ajudou?".
Para o jornalista Beto Almeida, presidente da TV Comunitária de Brasília e estudioso do tema, "a alternativa é a nacionalização da Embraer, conversão de sua produção para o mercado interno e latino-americano, e, também, a criação de uma Aerobrás, popularizando o transporte aéreo". Na terça-feira (17), a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou a reestatização da fábrica de aviões de Córdoba, há quatorze anos em mãos da norte-americana Lockheed Martin. Cristina comunicou ter assinado o projeto de lei para "transferir para o Estado nacional as ações (em poder da Lockheed), o que permitirá que este instrumento estratégico do desenvolvimento nacional, enquanto tecnologia aeronáutica, volte ao patrimônio do Estado".

SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES IRANIANOS

Companheiros(as)!

Prisões e açoitamentos no Irã colocam para os trabalhadores e jovens do mundo todo a urgência de uma ampla campanha de solidariedade.

Em vários países estão ocorrendo atos nas embaixadas e consulados iranianos exigindo a libertação dos presos políticos e o fim das torturas e castigos.

No Brasil, vamos nos reunir em São Paulo, em frente à Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Irã, para fazer o mesmo.

ATO EM SOLIDARIEDADE
AOS TRABALHADORES E ESTUDANTES IRANIANOS
LIBERDADE PARA TODOS OS PRESOS POLÍTICOS!

Nesta Segunda-Feira, 23 de Março, às 9:30
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-IrãRua Augusta, 2516

Abaixo apresentamos as informações que recebemos da Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN) em relação à situação dos trabalhadores naquele país.Pedimos a todos que, em apoio à democracia e à luta dos trabalhadores, ajudem a divulgar amplamente e, mais do que isso, que entrem em contato com a embaixada do Irã no Brasil enviando mensagens de protesto e pedindo esclarecimentos.
Contatos da Embaixada da República Islâmica do Irã - Brasília - DFSES - Av. das Nações, Quadra 809, lote 31 CEP 70421-900 - Brasília - DFtel. (0xx61) 242-5733fax (0xx61) 244-9640 e-mail: webiran@webiran.com.brsite: www.webiran.org.br
Liberdade para os presos políticos no Irã!Liberdade para Abbas Hakimzadeh!Liberdade para todos os prisioneiros políticos!Depois da libertação de Mohsen Hakimi e o segundo ataque contra os estudantes da Universidade Amir Kabir, a Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN, da sigla em inglês) quer destacar o horrível trato que as forças de segurança do regime iraniano estão propiciando a Abbas Hakimzadeh para denunciar a contínua repressão que sofrem os trabalhadores, estudantes, mulheres, minorias nacionais e outros muitos setores da sociedade iraniana. Abbas Hakimzadeh é um dos quatro prisioneiros políticos cuja situação publica a IWSN. Abbas Hakimzadeh, membro do Conselho Central do Escritório para a Promoção da Unidade (o grupo de estudantes pró-reforma maior) e antigo membro da Sociedade Islâmica da Universidade Amir Kabir, foi preso em 24 de fevereiro. Agentes do Ministério de Inteligência prenderam-lhe a ele e a vários estudantes após ataques violentos e se negaram a responder às perguntas das famílias a respeito de seu estado e paradeiro.Em junho de 2007 Abbas Hakimzadeh foi um dos dois estudantes da Universidade Amir Kabir (Politécnica de Teerã) que foi encarcerado na conhecida prisão Evin. Em 13 de junho um grupo de estudantes gritava consignas como "Abaixo o ditador" e "Abaixo o despotismo", o que provocou uma reação violenta por parte dos guardas da prisão. O virulento ataque deixou a Hakimzadeh em coma, depois de ser golpeado pelos guardas.A crise na Universidade Amir Kabir começou em 30 de abril de 2007, quando os estudantes publicaram uma revista que continha artigos que os servidores públicos da universidade consideraram insultos ao Islã.• Liberdade para Abbas Hakimzadeh! • Ferir a um é ferir a todos! • Liberdade para todos os prisioneiros políticos do Irã! Duas ativistas operárias açoitadas!Segundo o Comitê Coordenador para a Criação de Organizações Operárias, na quarta-feira, 18 de fevereiro, Shiva Kheyrabadi e Susan Razani, duas ativistas operárias, foram açoitadas. Ambas foram sentenciadas junto a outros dois ativistas em agosto de 2008. Seu crime foi participar na marcha do 1º de Maio a Sanandaj (no Curdistão iraniano). Em 5 de agosto de 2008 o tribunal criminoso de Sanandaj sentenciou aos quatro com este castigo bárbaro, brutal e medieval por tomar parte nas celebrações do Primeiro de Maio. O tribunal sentenciou a Susan Razani com 70 açoites e nove meses de cárcere, a Shiva Kheyrabadi com 15 açoites e quatro meses de cárcere, a Abdollah Khani (Abeh Nejar) com 40 açoites e 91 dias de cárcere e a Seyyed Ghaleb Hosseini com 50 açoites e seis meses de cárcere. Os advogados contaram com 20 dias para apresentar uma apelação no tribunal provincial do Curdistão.O regime iraniano não está levando a cabo esta política desde uma posição de força. O açoitamento de trabalhadores é uma tentativa desesperada do regime de afogar a combatividade e elevada moral dos trabalhadores que, apesar de não ter sindicatos legais e de sofrer uma grave situação econômica, continuam lutando por seus direitos. No ano passado, semanas antes do 1º de Maio, as autoridades começaram uma campanha de intimidação e terror contra o novo movimento operário para que as marchas e as celebrações não fossem tão grandes nem tão radicais como as de 2007. Em fevereiro de 2008 três ativistas foram açoitados e outros oito foram sentenciados a receber açoites.Os açoites das duas ativistas mostram ao mundo inteiro a verdadeira cara do regime iraniano. Apesar da tecnologia nuclear, os satélites e toda a retórica a respeito dos avanços científicos e médicos, sob este regime reside uma besta medieval e reacionária com um coração escuro e cruel. Açoitando aos trabalhadores, este regime está cometendo um ato proibido na Inglaterra desde os tempos da rainha Ana, a princípios do século 18!Pedimos que enviem cartas de protesto para pressionar ao regime iraniano para que deixe de açoitar ativistas e liberte a todos os operários presos imediatamente e sem condições.18 de fevereiro de 2009.Militante operário Taha Azadi processado por "atuar contra a segurança nacional" Taha Azadi, membro do Comitê Diretivo do Sindicato Livre de Trabalhadores Iranianos foi processado pelo Tribunal Revolucionário de Kangan em 15 de fevereiro. O juiz acusou-lhe de atuar na contramão da segurança nacional e de levar propaganda na contramão do sistema islâmico. Taha Azadi foi detido em 1º de Maio de 2008 por celebrar o Dia do Trabalho e encarcerado 47 dias, durante os quais foi submetido a abusos físicos e psicológicos. Além de negar os cargos, Taha Azadi disse que celebrar o Dia do Trabalho era seu direito e o direito de todos os trabalhadores: "Que celebrar o Primeiro de Maio, que é um direito inegável dos trabalhadores, constitui um ato contra a segurança nacional e de propaganda contra o sistema islâmico, é sua opinião." E continuou sua defesa dizendo, enquanto assinalava as fotografias dos cartazes e os cartazes: "Como pode ver nestes cartazes, queremos uma vida melhor e nós os trabalhadores consideramos estas demandas nosso direito." Ao finalizar o julgamento, que durou 15 minutos, disseram a Taha Azadi que lhe enviariam o veredicto do tribunal. O Sindicato Livre de Trabalhadores Iranianos condenou o julgamento. A Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos condenou energicamente as acusações infundadas do tribunal do regime e faz um apelo para que os cargos de Taha Azadi sejam retirados imediata e incondicionalmente. 22 de fevereiro de 2009.Irã: Outros dois ativistas açoitados!No sábado, 21 de fevereiro, Abdollah Khani e Ghaleb Hosseini foram citados pelo Escritório do Promotor de Sanandaj (no Curdistão iraniano) posteriormente presos para que suas sentenças se pudessem levar a cabo. Ambos ativistas foram detidos no ano passado por tomar parte na marcha a Sanandaj do Primeiro de Maio de 2008. Ghaleb Hosseini foi condenado a seis meses de cárcere e 50 chibatadas e Abdollah Khani com 91 dias de cárcere e 40 chibatas. Às 11 da manhã foram açoitados e às 13:30 as forças de segurança do Escritório do Fiscal transladou-lhes à prisão central de Sanandaj para cumprir o resto de suas sentenças. Os açoites de Abdollah Khani e Ghaleb Hosseini seguem aos recebidos por duas ativistas operárias em 18 de fevereiro. A Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos condena este castigo reacionário e medieval infligido aos trabalhadores só por exercer o que é um direito inegável. O Primeiro de Maio é o Dia do Trabalho para todos os trabalhadores do mundo e todos deveriam o celebrar sem ser castigados pela polícia ou os tribunais. 23 de fevereiro de 2009.Começa a segunda parte do ataque aos estudantes da Universidade Amir KabirA segunda parte do ataque aos estudantes da Universidade Amir Kabir começou: Ahmad Ghasaban, Nariman Mostafavi, Mehdi Mashayekhi e Abbas Hakimzadeh foram presos. Segundo a revista dos estudantes da Universidade de Amir Kabir (UAK), a manhã da quinta-feira 24 de fevereiro, depois de um ataque perpetrado por agentes do Ministério de Inteligência contra antigos e atuais membros da Sociedade Islâmica da Universidade Amir Kabir, vários estudantes foram detidos. Até o momento, Ahmad Ghasaban, Nariman Mostafavi and Mehdi Mashayekhi, membros da Sociedade Islâmica da Universidade, e Abbas Hakimzadeh, membro do Conselho Central do Escritório para a Promoção da Unidade (o grupo de estudantes pró reforma maior) e antigo membro da Sociedade Islâmica da Universidade, foram detidos. Não há nenhuma informação a respeito da situação dos outros estudantes que têm sido presos. Os agentes do Ministério de Inteligência detiveram-nos após violentos assaltos e negaram-se a responder aos familiares dos estudantes. Todas as perguntas sobre seu estado e bem-estar têm sido infrutíferas.Em 23 de fevereiro, apesar das manobras que as autoridades da UAK levaram a cabo na preparação do projeto para re-enterrar a guerra morta, os estudantes da Universidade protestaram neste ato político, enfurecendo assim as forças de segurança. Durante o primeiro ataque, mais de 70 estudantes foram detidos.Há que recordar que Hossein Tarkashavand, Majid Tavakoli, Kurosh Daneshyar e Esmail Salmanpoor são os outros quatro estudantes da UAK que foram presos faz um mês e que ainda estão retidos pelas autoridades. 28 de fevereiro de 2009.Milhares de metalúrgicos de Esfahan começam um boicote simbólicoA Empresa de Aço de Esfahan explora mais de 18 mil trabalhadores que estão divididos em dois grupos: 10mil trabalhadores de empresas terceirizadas e 8 mil servidores públicos. O primeiro grupo tem piores condições trabalhistas, e menores salários que o segundo. Ainda que os 10 mil trabalhadores terceirizados vêm protestando várias vezes contra as más condições e a discriminação, não têm conseguido nada. Em 28 de fevereiro os trabalhadores de ambos grupos uniram forças e começaram um boicote simbólico: não comeram nos restaurantes da fábrica.Apesar das tentativas da direção e do governo de romper o vínculo entre eles, os trabalhadores terceirizados e os servidores públicos estão unidos nesta luta simbólica e demandam melhores salários e condições para os terceirizados.3 de março de 2009.Fonte: Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN)
Colaboração no Brasil: www.marxismo.org.br

quarta-feira, 18 de março de 2009

Centrais sindicais se manifestam contra demissões na Embraer e defendem estatização; leia notas

Sindicalistas foram em passeata até a porta da empresa e entregaram uma cópia da liminar do TRT a um representante do setor de Relações Trabalhistas da empresaUm ao contra as demissões da Embraer reuniu, na tarde de sexta-feira (dia 27), dirigentes de seis centrais sindicais em frente à portaria principal da Embraer, em São José dos Campos. Participaram CONLUTAS, Força Sindical, Intersindical, CTB, UGT e Nova Central Sindical.Todos os sindicalistas prestaram solidariedade à luta do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e de Botucatu que, na manhã de hoje, conseguiram uma liminar no TRT, em Campinas, suspendendo todas as 4.270 demissões anunciadas pela empresa no último dia 19 de fevereiro.Cerca de 400 manifestantes também participaram do ato, levando faixas, cartazes e bandeiras à porta da empresa. Até um enterro simbólico do presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, foi realizado, como forma de repúdio à postura da empresa de demitir arbitrariamente milhares de trabalhadores sem nenhuma tentativa de negociação com o Sindicato da categoria.Após os discursos, os sindicalistas foram em passeata até a porta da Embraer e entregaram uma cópia da liminar do TRT a um representante do setor de Relações Trabalhistas da empresa. O objetivo era que, com isso, a empresa deixasse de alegar que ainda desconhecia o teor da decisão.José Maria de Almeida, que é membro da secretaria-executiva da CONLUTAS, disse, em seu discurso, que a luta do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que levou à suspensão das demissões da Embraer, é um exemplo que deve ser seguido em todo o país.Ele também não economizou críticas ao presidente Lula, que declarou após uma reunião com o presidente da Embraer, na última quarta-feira, que não havia o que fazer para reverter as demissões.“Nós não vamos aceitar essa postura do governo. É claro que há muita coisa que pode ser feita. Para isso, basta vontade política. Mas, se não tem vontade política, então vamos unir forças para exigir do governo Lula medidas concretas contra a crise e pela manutenção do emprego de todos os trabalhadores. Queremos a reestatização da Embraer”, disse.O presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, cumprimentou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos pela luta. “Esta é uma vitória importante não só para os trabalhadores da Embraer, mas para os trabalhadores de todo o Brasil. Parabéns ao Sindicato de São José dos Campos, parabéns à Conlutas e parabéns a todos os trabalhadores por esta conquista”, disse.Ele também mandou um aviso aos dirigentes da Embraer: “Se tivermos informações concretas de que a empresa continua demitindo trabalhadores, vamos mover uma ação por descumprimento de decisão judicial, pedindo a prisão dos diretores da Embraer”, disse. Para o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luiz Carlos Prates, o Mancha, a mobilização será intensificada nos próximos dias, até que a suspensão das demissões sejam definitivas. “A decisão do TRT é uma vitória parcial fruto da forte mobilização que iniciamos desde o anúncio das demissões. E é essa mobilização que vai ter de continuar”, disse.
Leia abaixo as notas das centrais sobre a Embraer
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Conlutas - Coordenação Nacional de Lutas
Metalúrgicos da Embraer vão a LulaTrabalhadores querem readmissão dos demitidos e reestatização da empresa
Nesta quarta-feira, dia 04 de março, uma caravana de metalúrgicos demitidos da Embraer estará no Palácio do Planalto, para se reunir com o Presidente Lula e exigir que ele tome providências no sentido de que a Embraer reintegre os trabalhadores que demitiu.
A Embraer não tem porque demitir estes trabalhadores e o governo não pode permitir que a empresa coloque no olho da rua 4.270 pais de família, quando tem todas as condições de manter os empregos.
A empresa bateu recordes de faturamento e de lucros nestes anos todos. Inclusive, no ano passado, teve praticamente o mesmo lucro operacional de 2007. Tem em caixa 3,6 bilhões de reais, o que permitiria pagar todos os seus funcionários por pelo menos dois anos. Sem contar que ainda recebe generosos financiamentos do BNDES, com prazos a perder de vista e juros de pai para filho.
A Embraer alega “dificuldades” econômicas. Mas a realidade é outra. Ela não apenas tem dinheiro em caixa como teve um lucro de quase 250 milhões de reais em 2008, já descontado o que perdeu na especulação financeira. A direção da Embraer investiu boa parte dos seus lucros e do gordo dinheiro do BNDES na especulação com derivativos. Levou um tombo de R$ 180 milhões de reais especulando, e agora quer passar a conta para os trabalhadores e ainda receber mais dinheiro do governo.
Apesar deste rombo causado pela especulação financeira não ter afetado seriamente a saúde econômica da empresa – que segue tendo lucros significativos – o ocorrido mostra a irresponsabilidade com que estes dirigentes tratam uma indústria que é estratégica para nosso país. Demonstra também que estes executivos que recebem honorários exorbitantes (50 milhões de reais, entre maio de 2008 e abril de 2009), além de medidas antissociais como a que tomaram agora, podem causar danos irreparáveis à empresa no futuro. A Embraer recebeu 19 bilhões de reais do BNDES desde 1995, distribuiu 224 milhões de reais para seus acionistas apenas nos primeiros nove meses de 2008, sendo que 51% deles são fundos de investimentos estrangeiros. É uma empresa estratégica que não pode ser jogada de forma irresponsável na especulação financeira, nem demitir em massa como está fazendo.
O governo Lula pode e tem a obrigação de dar uma resposta a essa situação. Ele detém 20% das ações da Embraer (através da PREVI e do BNDES), tem assento no seu Conselho de Administração e praticamente a sustenta a empresa com financiamentos do BNDES.
Os trabalhadores querem que o governo Lula intervenha para reintegrar imediatamente os funcionários demitidos, para reduzir a jornada de trabalho, sem redução de salário. Bem como, que no interesse dos trabalhadores e da soberania do país, reestatize a empresa.
Adilson dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campose José Maria de Almeida, da coordenação nacional da CONLUTAS
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CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
CTB quer reintegração na Embraer e conclama à unidade contra demissões
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) manifesta ativa e irrestrita solidariedade aos trabalhadores da Embraer que estão sendo vítimas de demissões em massa determinadas pela direção da empresa, que anunciou o corte de 4,2 mil postos de trabalho na última quinta-feira (19). Trata-se de uma decisão arbitrária, sem consultas prévias, que surpreendeu os representantes da categoria, as vítimas e o próprio governo Lula. Tal conduta revela-se ainda mais inaceitável quando se sabe que a Embraer prosperou protegida pelo generoso guarda-chuva do Estado nacional, tendo recebido cerca de 7 bilhões de reais em financiamentos subsidiados do BNDES (que opera com recursos do FAT) desde sua privatização em dezembro de 1994.
O presidente Lula, que já revelou sua indignação com o episódio, precisa adotar uma posição firme em defesa da reintegração imediata dos trabalhadores e trabalhadoras demitidas na empresa de aeronáutica. É preciso cobrar maior responsabilidade social por parte da direção da Embraer que, embora privatizando os lucros, busca socializar os prejuízos e nunca dispensou a contribuição do BNDES. A CTB conclama o movimento sindical à mais ampla unidade neste momento de crise e de reacionária ofensiva patronal contra o emprego e os direitos da classe trabalhadora. É indispensável unificar forças para resistir e lutar em todos os setores e ramos da economia em defesa do emprego, dos salários e dos direitos da classe trabalhadora.
São Paulo, 20 de fevereiro de 2009
Wagner Gomes, presidente da CTB
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Pela imediata reintegração dos trabalhadores da Embraer
1 – A luta pela reintegração dos 4.270 trabalhadores demitidos na Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) é uma luta de todos os trabalhadores brasileiros, razão pela qual reiteramos nosso apoio e solidariedade à mobilização empreendida pelos trabalhadores da empresa, bem como à proposta da Procuradoria do Trabalho de São José dos Campos de reintegração imediata.
2 – A empresa afirma que mais de 90% de suas receitas são provenientes do mercado externo, que vive uma “crise sem precedentes”, e usou como pretexto para as demissões a queda de 30% dos pedidos até 2012. Porém, isso só demonstra que a gestão utilizada após a privatização, de virar as costas para o vasto mercado interno brasileiro, foi um desastre. Até cinco anos antes da privatização, em 1994, mais de 60% das vendas eram para o mercado brasileiro, civil e militar.
3 - O país não pode e não deve, como sugere a Embraer, ficar esperando que os chamados países ricos, especialmente os Estados Unidos, superem as crises em que estão atolados, para só a partir daí retomarmos os investimentos, gerar os empregos necessários e seguirmos adiante. Esperar a crise dos outros “passar” é a pior das alternativas: é o caminho da retração econômica, das demissões, enfim, é o caminho do abismo.
4 – Mesmo tendo sido privatizada, a Embraer continuou recebendo aporte de recursos públicos - nos últimos 12 anos o BNDES destinou R$ 19,7 bilhões para financiar suas exportações -, o principal fator para o aumento da produção e do crescimento exponencial do lucro líquido que obteve nos últimos seis anos, na ordem de R$ 4,048 bilhões.
5 – Além da injeção de dinheiro do BNDES – grande parte oriundo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) -, o Estado brasileiro tem sido um grande cliente da empresa. Mais de 50% das aeronaves da Força Aérea Brasileira foram fornecidas pela Embraer. O Estado contribui ainda com a formação de técnicos de alta qualificação, no Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA).
6 – A manutenção do modelo de gestão da Embraer privatizada, que direciona quase que exclusivamente a venda das aeronaves para o mercado externo, leva à quebra da empresa. A única solução viável é a sua VOLTA AO CONTROLE PÚBLICO. As ações da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), BNDESPar e União já somam 19,7% do capital total. Portanto, a hora é de retomar o caminho inverso do período neoliberal, rumo à REESTATIZAÇÃO DA EMBRAER.
São Paulo, 2 de março de 2009.
Executiva Nacional da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)

II Encontro Latino Americano de Empresas Recuperadas pelos Trabalhadores

25, 26 e 27 de Junho – Caracas – Venezuela
CONVOCATÓRIA
As ocupações de fábricas voltam ao cenário mundial. Na Argentina são centenas de novas ocupações, multina­cionais como a Mitsubishi são ocupa­das na Venezuela. Na Europa, nos EUA, no México, na Tailândia e em outros países da Ásia, mobiliza­ções ocorrem e os trabalhadores para defender seus postos de trabalho, seus direitos e sua dignidade, decidem ocu­par as fábricas.
O Movimento das Fábricas Ocu­padas e inúmeros sindicatos estão organizando delegações ao II Encon­tro Latino Americano de Fábricas Recuperadas por Trabalhadores, na Venezuela revolucionária. Abaixo a convocatória.
Encontro Pan Americano na fábrica ocupada CIPLA
Na América Latina a resistên­cia contra a destruição da indústria e a defesa dos empregos assumiu diferentes formas. A crítica e seus questionamentos formam parte da discussão do movimento operário e foram os objetos do debate do Pri­meiro Encontro Latino Americano de Empresas Recuperadas, realiza­do na Venezuela no dia 29 de outu­bro de 2005. Dizíamos: “Eles fecham, nós abrimos as fábricas. Eles roubam as terras e nós ocupamos. Eles fazem guerras e destroem nações, nós defendemos a paz e a integração soberana dos povos. Eles di­videm e nós unimos. Porque somos a classe trabalhadora. Porque somos o presente e o futuro da humanidade”.
Hoje, mais ainda do que em 2005, a situação dos povos da América Latina nos impõe com mais força a necessidade de seguir construindo e aprofundando essa unidade. Não é nenhum presente a conjuntura polí­tica atual em nosso continente. São anos de levantes, resistências, pro­jetos e de muito trabalho por par­te dos trabalhadores para construir esta oportunidade histórica.
Nosso movimento é anti-impe­rialista, anticapitalista. É um grito e um movimento organizado da clas­se trabalhadora contra o regime de propriedade privada dos grandes meios de produção, que somente pode sobreviver fazendo guerras, explorando e oprimindo os povos.
Sabemos que sempre existiram matizes na nossa América, e muitos governos atuais não são represen­tantes de nossos interesses, mas se apresenta uma conjuntura favorável para construir propostas, debater e colocar a marca dos trabalhadores nos assuntos que nos dizem respei­to.
Claro que não será fácil. Vimos, na Bolívia, como reagiram as classes dominantes ante a nacionalização dos recursos, ante o exercício da so­berania. Na Venezuela, que com seu avanço revolucionário na educação, na saúde, no campo, não deixa de incomodar a quem sempre viveu a custa do povo e de seus recursos. E assim, seguem produzindo mentiras através de seus meios, medo, fome. Mas apesar disso nem o povo ve­nezuelano nem o povo boliviano se enganaram, e re-elegeram Chávez e Evo. Assim como Correa no Equa­dor, e, recentemente, no Paraguai, com a eleição de Lugo pelo povo.
Convocamos todas as empresas recuperadas por seus trabalhadores e as organizações sociais em luta para o “II Encontro Latino Ame­ricano de Empresas Recuperadas pelos Trabalhadores”, unindo as lutas de nosso setor com o restante da classe trabalhadora e em apoio à luta pelo socialismo que vem sen­do realizada pelo povo boliviano e venezuelano apoiados pelos traba­lhadores de toda América Latina. Convocamos todos a se somarem aos nossos esforços e nos reunir­mos nos dias 25, 26 e 27 de junho de 2009, em Caracas, Venezuela.
Viva a luta dos trabalhadores das empresas recuperadas!
Viva a luta da classe trabalhadora!
Viva a revolução venezuelana!
Viva a revolução boliviana!
Venceremos!
Convocam:
Comissão Organizadora do I Encontro Latino Americano de Fábricas Recuperadas por Trabalhadores • – Caracas/2005 (Serge Goulart – Brasil; Eduardo Murua- Argentina; Liliana Pertuy – Uruguai)
Frente Revolucionario de Trabajadores de Empresas en Cogestión y Ocupadas (FRETECO) – Venezuela•
Central Obrera Boliviana – COB •
Federação Sindical dos Trabalhadores Mineiros da Bolívia – FSTMB•
Movimento Nacional de Empresas Recuperadas – MNER – Argentina•
Associação Nacional de Trabalhadores Autogestionados – ANTA\CTA- Argentina•
Central Unitária dos Trabalhadores (CUT– Autêntica) –Paraguai•
Coordenação de Empresas Recuperadas por Trabalhadores – Paraguai•
Movimento de Fábricas Ocupadas – Brasil•

Contatos: pedro.santinho@uol.com.br

Solidariedade aos Trabalhadores e Estudantes Iranianos

Prisões e açoitamentos no Irã colocam para os trabalhadores e jovens do mundo todo a urgência de uma ampla campanha de solidariedade.


Abaixo apresentamos as informações que recebemos da Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN) em relação à situação dos trabalhadores naquele país.Pedimos a todos que, em apoio à democracia e à luta dos trabalhadores, ajudem a divulgar amplamente e, mais do que isso, que entrem em contato com a embaixada do Irã no Brasil enviando mensagens de protesto e pedindo esclarecimentos.
Contatos da Embaixada da República Islâmica do Irã - Brasília - DFSES - Av. das Nações, Quadra 809, lote 31 CEP 70421-900 - Brasília - DFtel. (0xx61) 242-5733fax (0xx61) 244-9640 e-mail: webiran@webiran.com.brsite: www.webiran.org.br
Liberdade para os presos políticos no Irã!Liberdade para Abbas Hakimzadeh!Liberdade para todos os prisioneiros políticos!Depois da libertação de Mohsen Hakimi e o segundo ataque contra os estudantes da Universidade Amir Kabir, a Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN, da sigla em inglês) quer destacar o horrível trato que as forças de segurança do regime iraniano estão propiciando a Abbas Hakimzadeh para denunciar a contínua repressão que sofrem os trabalhadores, estudantes, mulheres, minorias nacionais e outros muitos setores da sociedade iraniana. Abbas Hakimzadeh é um dos quatro prisioneiros políticos cuja situação publica a IWSN. Abbas Hakimzadeh, membro do Conselho Central do Escritório para a Promoção da Unidade (o grupo de estudantes pró-reforma maior) e antigo membro da Sociedade Islâmica da Universidade Amir Kabir, foi preso em 24 de fevereiro. Agentes do Ministério de Inteligência prenderam-lhe a ele e a vários estudantes após ataques violentos e se negaram a responder às perguntas das famílias a respeito de seu estado e paradeiro.Em junho de 2007 Abbas Hakimzadeh foi um dos dois estudantes da Universidade Amir Kabir (Politécnica de Teerã) que foi encarcerado na conhecida prisão Evin. Em 13 de junho um grupo de estudantes gritava consignas como "Abaixo o ditador" e "Abaixo o despotismo", o que provocou uma reação violenta por parte dos guardas da prisão. O virulento ataque deixou a Hakimzadeh em coma, depois de ser golpeado pelos guardas.A crise na Universidade Amir Kabir começou em 30 de abril de 2007, quando os estudantes publicaram uma revista que continha artigos que os servidores públicos da universidade consideraram insultos ao Islã.• Liberdade para Abbas Hakimzadeh! • Ferir a um é ferir a todos! • Liberdade para todos os prisioneiros políticos do Irã! Duas ativistas operárias açoitadas!Segundo o Comitê Coordenador para a Criação de Organizações Operárias, na quarta-feira, 18 de fevereiro, Shiva Kheyrabadi e Susan Razani, duas ativistas operárias, foram açoitadas. Ambas foram sentenciadas junto a outros dois ativistas em agosto de 2008. Seu crime foi participar na marcha do 1º de Maio a Sanandaj (no Curdistão iraniano). Em 5 de agosto de 2008 o tribunal criminoso de Sanandaj sentenciou aos quatro com este castigo bárbaro, brutal e medieval por tomar parte nas celebrações do Primeiro de Maio. O tribunal sentenciou a Susan Razani com 70 açoites e nove meses de cárcere, a Shiva Kheyrabadi com 15 açoites e quatro meses de cárcere, a Abdollah Khani (Abeh Nejar) com 40 açoites e 91 dias de cárcere e a Seyyed Ghaleb Hosseini com 50 açoites e seis meses de cárcere. Os advogados contaram com 20 dias para apresentar uma apelação no tribunal provincial do Curdistão.O regime iraniano não está levando a cabo esta política desde uma posição de força. O açoitamento de trabalhadores é uma tentativa desesperada do regime de afogar a combatividade e elevada moral dos trabalhadores que, apesar de não ter sindicatos legais e de sofrer uma grave situação econômica, continuam lutando por seus direitos. No ano passado, semanas antes do 1º de Maio, as autoridades começaram uma campanha de intimidação e terror contra o novo movimento operário para que as marchas e as celebrações não fossem tão grandes nem tão radicais como as de 2007. Em fevereiro de 2008 três ativistas foram açoitados e outros oito foram sentenciados a receber açoites.Os açoites das duas ativistas mostram ao mundo inteiro a verdadeira cara do regime iraniano. Apesar da tecnologia nuclear, os satélites e toda a retórica a respeito dos avanços científicos e médicos, sob este regime reside uma besta medieval e reacionária com um coração escuro e cruel. Açoitando aos trabalhadores, este regime está cometendo um ato proibido na Inglaterra desde os tempos da rainha Ana, a princípios do século 18!Pedimos que enviem cartas de protesto para pressionar ao regime iraniano para que deixe de açoitar ativistas e liberte a todos os operários presos imediatamente e sem condições.18 de fevereiro de 2009.Militante operário Taha Azadi processado por "atuar contra a segurança nacional" Taha Azadi, membro do Comitê Diretivo do Sindicato Livre de Trabalhadores Iranianos foi processado pelo Tribunal Revolucionário de Kangan em 15 de fevereiro. O juiz acusou-lhe de atuar na contramão da segurança nacional e de levar propaganda na contramão do sistema islâmico. Taha Azadi foi detido em 1º de Maio de 2008 por celebrar o Dia do Trabalho e encarcerado 47 dias, durante os quais foi submetido a abusos físicos e psicológicos. Além de negar os cargos, Taha Azadi disse que celebrar o Dia do Trabalho era seu direito e o direito de todos os trabalhadores: "Que celebrar o Primeiro de Maio, que é um direito inegável dos trabalhadores, constitui um ato contra a segurança nacional e de propaganda contra o sistema islâmico, é sua opinião." E continuou sua defesa dizendo, enquanto assinalava as fotografias dos cartazes e os cartazes: "Como pode ver nestes cartazes, queremos uma vida melhor e nós os trabalhadores consideramos estas demandas nosso direito." Ao finalizar o julgamento, que durou 15 minutos, disseram a Taha Azadi que lhe enviariam o veredicto do tribunal. O Sindicato Livre de Trabalhadores Iranianos condenou o julgamento. A Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos condenou energicamente as acusações infundadas do tribunal do regime e faz um apelo para que os cargos de Taha Azadi sejam retirados imediata e incondicionalmente. 22 de fevereiro de 2009.Irã: Outros dois ativistas açoitados!No sábado, 21 de fevereiro, Abdollah Khani e Ghaleb Hosseini foram citados pelo Escritório do Promotor de Sanandaj (no Curdistão iraniano) posteriormente presos para que suas sentenças se pudessem levar a cabo. Ambos ativistas foram detidos no ano passado por tomar parte na marcha a Sanandaj do Primeiro de Maio de 2008. Ghaleb Hosseini foi condenado a seis meses de cárcere e 50 chibatadas e Abdollah Khani com 91 dias de cárcere e 40 chibatas. Às 11 da manhã foram açoitados e às 13:30 as forças de segurança do Escritório do Fiscal transladou-lhes à prisão central de Sanandaj para cumprir o resto de suas sentenças. Os açoites de Abdollah Khani e Ghaleb Hosseini seguem aos recebidos por duas ativistas operárias em 18 de fevereiro. A Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos condena este castigo reacionário e medieval infligido aos trabalhadores só por exercer o que é um direito inegável. O Primeiro de Maio é o Dia do Trabalho para todos os trabalhadores do mundo e todos deveriam o celebrar sem ser castigados pela polícia ou os tribunais. 23 de fevereiro de 2009.Começa a segunda parte do ataque aos estudantes da Universidade Amir KabirA segunda parte do ataque aos estudantes da Universidade Amir Kabir começou: Ahmad Ghasaban, Nariman Mostafavi, Mehdi Mashayekhi e Abbas Hakimzadeh foram presos. Segundo a revista dos estudantes da Universidade de Amir Kabir (UAK), a manhã da quinta-feira 24 de fevereiro, depois de um ataque perpetrado por agentes do Ministério de Inteligência contra antigos e atuais membros da Sociedade Islâmica da Universidade Amir Kabir, vários estudantes foram detidos. Até o momento, Ahmad Ghasaban, Nariman Mostafavi and Mehdi Mashayekhi, membros da Sociedade Islâmica da Universidade, e Abbas Hakimzadeh, membro do Conselho Central do Escritório para a Promoção da Unidade (o grupo de estudantes pró reforma maior) e antigo membro da Sociedade Islâmica da Universidade, foram detidos. Não há nenhuma informação a respeito da situação dos outros estudantes que têm sido presos. Os agentes do Ministério de Inteligência detiveram-nos após violentos assaltos e negaram-se a responder aos familiares dos estudantes. Todas as perguntas sobre seu estado e bem-estar têm sido infrutíferas.Em 23 de fevereiro, apesar das manobras que as autoridades da UAK levaram a cabo na preparação do projeto para re-enterrar a guerra morta, os estudantes da Universidade protestaram neste ato político, enfurecendo assim as forças de segurança. Durante o primeiro ataque, mais de 70 estudantes foram detidos.Há que recordar que Hossein Tarkashavand, Majid Tavakoli, Kurosh Daneshyar e Esmail Salmanpoor são os outros quatro estudantes da UAK que foram presos faz um mês e que ainda estão retidos pelas autoridades. 28 de fevereiro de 2009.Milhares de metalúrgicos de Esfahan começam um boicote simbólicoA Empresa de Aço de Esfahan explora mais de 18 mil trabalhadores que estão divididos em dois grupos: 10mil trabalhadores de empresas terceirizadas e 8 mil servidores públicos. O primeiro grupo tem piores condições trabalhistas, e menores salários que o segundo. Ainda que os 10 mil trabalhadores terceirizados vêm protestando várias vezes contra as más condições e a discriminação, não têm conseguido nada. Em 28 de fevereiro os trabalhadores de ambos grupos uniram forças e começaram um boicote simbólico: não comeram nos restaurantes da fábrica.Apesar das tentativas da direção e do governo de romper o vínculo entre eles, os trabalhadores terceirizados e os servidores públicos estão unidos nesta luta simbólica e demandam melhores salários e condições para os terceirizados.3 de março de 2009.Fonte: Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Apóie a ocupação da “Prisme Embalagens”, Fábrica em Dundee, Grã-Bretanha!

Apóie a ocupação da “Prisme Embalagens”, Fábrica em Dundee, Grã-Bretanha!

Por Nathan Morrison

Sexta-feira, 13 de Março de 2009

Como socialistas, claramente apoiamos o movimento dos trabalhadores na luta pelos seus direitos e salários. Não há dúvida que os militantes da “Socialist Appeal”, e aqueles que estão entre o público leitor da revista “Appeal Socialist”, devem apoiar absolutamente a luta dos trabalhadores da “Prisme Embalagens”, que está ocupada desde quarta-feira, 04 de Março de 2009.

A “Prisme Embalagens” começou sua rotina normalmente na última quarta-feira. Os trabalhadores entraram para começar o trabalho, mas às 9h00, o Diretor-Gerente, pessoa que os funcionários tinham pensado que era o proprietário da companhia, começou a distribuir cartas aos trabalhadores da companhia. Nessas cartas, dizia-se aos funcionários que eles seriam dispensados sem qualquer direito e pagamento devido desde o dia primeiro de Março.

A situação naturalmente pode ser melhor explicada por esta citação de Matthew, que trabalha na Prisme há dois anos. Ele diz:

“Segunda-feira, entramos no trabalho normalmente, como todos os dias. O Diretor-gerente entrou e deu a sua carta da rescisão. Com esta decisão, telefonamos ao secretário de companhia que esteve de fato de férias. Disseram-nos para falar com um cara chamado Alan Dand. Terça-feira ele chamou-nos, e um administrador veio para ver as contas. Então a companhia disse-nos que eles não tinham dinheiro para pagar para o administrador e disseram, ‘Parece que estamos indo somente fechar a porta’.

Disseram-nos que o diretor e um representante legal vinham para dizer sobre os nossos direitos, mas de fato, o representante legal foi depois conversar com o diretor e não nos disse nada. Eles nem nos disseram quem, de fato, era proprietário da companhia! Exigimos que nos dessem uma carta de rescisão com os valores que teríamos direito em pagamentos, assim como os nossos direitos e as formas de rescisão conforme o estatuto. Quando recebemos a carta ele afirmou quanto aos nossos pagamentos de rescisão e que tínhamos direito a salários, aviso prévio e o pagamento de férias. Mas, em seguida, vem a seguinte frase da carta que diz: ‘Infelizmente, não temos nenhum centavo para lhes fazer esses pagamentos’”.

"Eles disseram que poderíamos tomar outras vias para adquirir os nossos pagamentos de rescisão, mas tudo que eles sugeriram estavam se referindo ao Escritório de Cidadania”.

"Depois de receber essas cartas disseram-nos para partir e voltar no dia seguinte, a partir das 9h00, mas decidimos que não iríamos sair da fábrica até que recebamos todos nossos direitos. Não lhes estamos dando a oportunidade de trancar as portas, enquanto somos postos para fora, e, por isso, não terminaremos com nada".

Além disso, Maureen, que é funcionário da fábrica há 13 anos, disse com um humor otimista que existe entre os funcionários na fábrica que “decidimos continuar a nossa luta para expor esta companhia à vergonha. Temos de lutar pelos nossos direitos. O apoio que tivemos foi tremendo, totalmente inesperado". Isto mostra que há um pequeno crescimento na radicalização da classe trabalhadora, não só na Escócia mas também no Reino Unido como um todo.

Se nos basearmos na perspectiva de como esta ocupação vai com relação àquela de Chicago, a ocupação de fábrica de Windows de República, então, os trabalhadores da “Prisme” devem continuar a sua luta, porque eles podem ver a companhia ser comprada por outros, e os funcionários conseguirem manter seus empregos. Contudo, não podemos ficar seguros para saber como os capitalistas reagirão neste caso.

Envie mensagens do apoio aos trabalhadores que permanecem ocupando a “Prisme Embalagens” fax ou telefone: 07970875455 ou você pode enviar um correio eletrônico para: prismeworkerssolidarity@googlemail.com

Além do envio de mensagens aos trabalhadores, podem ser enviadas comidas e ser feitas coletas financeiras, nos partidos e entidades sociais, para ajudá-los na ocupação.

Esse material pode ser enviado no seguinte endereço:
Prisme Packaging & Design LtdUnit 2 Angus WorksTannadice StreetDundee DD3 7PT

Venezuela: Novo ataque fascista contra os trabalhadores da Mitsubishi



27/02/2009
Venezuela: Novo ataque fascista contra os trabalhadores da Mitsubishi
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Segue campanha de solidariedade aos trabalhadores que ocupam a Mitsubishi na Venezuela.

Na tarde de terça-feira, 12 de fevereiro, o automóvel em que três trabalhadores da fábrica da Mitsubishi (MMC), em Barcelona, Estado de Anzoátegui, estavam viajando foi alvejado a tiros. Os trabalhadores eram Luís López, Luís Guaregua e Alexander Rojas. O carro recebeu sete impactos de bala quando se encontrava a caminho da Rua Bolívar em direção à “March 29” nas vizinhanças do centro de Barcelona. Nenhum dos trabalhadores resultou ferido.Este novo ato de agressão revela como continua a guerra declarada contra os trabalhadores de MMC pela direita e seus assassinos pagos ao lado da polícia corrupta. O enorme apoio à causa dos trabalhadores demonstrado pelos Conselhos Comunais na área de Barcelona, pelos sindicatos e pela classe trabalhadora tornou os trabalhadores de MMC um ponto de referência na luta revolucionária no Estado de Anzoátegui e em toda a indústria automobilística da Venezuela.O novo ataque também revela que as pessoas responsáveis pelos assassinatos estão livres e conspirando contra os trabalhadores. A prisão dos elementos da polícia corrupta que tomaram parte no massacre é somente a ponta do iceberg de um drama mais profundo, que envolve diretores da MMC, juízes, policiais e a oposição. Nós exigimos, portanto, a prisão tanto dos autores materiais quanto intelectuais destes crimes e atos fascistas de agressão.O governo regional de Anzoátegui rapidamente se manifestou contra estes ataques. Rafael Veja, secretário-geral do governo regional de Anzoátegui, condenou estes ataques, dizendo que: “O governo regional de Anzoátegui condena estes atos de hostilidade e agressão contra os trabalhadores e estamos lado a lado com as massas trabalhadoras”. Ele continuou: “Não permitiremos qualquer ataque violento que intimide a luta dos 135 trabalhadores que foram injustamente demitidos através de uma ação covarde que a companhia realizou contra os direitos trabalhistas destes trabalhadores”.Damos as boas-vindas a esta mudança de atitude da parte de Rafael Veja. Depois do assassinato de dois trabalhadores de MMC na terça-feira, 29 de janeiro, pela polícia de Anzoátegui, o mesmo Rafael Veja deu declarações à estação de TV-TVO, tentando colocar a responsabilidade destes assassinatos nos próprios trabalhadores da MMC, fazendo eco à versão defendida pela multinacional. Em conseqüência disto, os trabalhadores da MMC exigiram seu afastamento.Todos estes ataques fascistas demonstram que a campanha nacional e internacional de apoio aos trabalhadores deve ser intensificada. Apoio aos trabalhadores da MMC, Vivex e todas as outras fábricas em luta! Em primeiro lugar, devemos dirigir-nos às fileiras do PSUV que deve se preparar contra estes ataques da direita ao povo e aos trabalhadores. Devemos coletar assinaturas contra estes ataques e organizar manifestações de solidariedade.Apelamos a todos os leitores e apoiadores em todo o mundo a atender o apelo da CMR e da FRETECO de se intensificar a campanha. Por favor, enviem mensagens de protesto, difundam as notícias destes ataques e reúnam o máximo de apoio à causa dos trabalhadores de MMC.Este último ataque é parte dos violentos ataques da direita contra a revolução. O objetivo é o de livrar-se definitivamente do presidente Chávez e destruir as organizações da classe trabalhadora que estão lutando pelo Socialismo e pelo voto “SIM” em 15 de fevereiro. O povo e os trabalhadores devem permanecer alertas para se mobilizarem em caso de continuar esta campanha fascista de terror. Apelamos a todos os sindicatos, à juventude e aos ativistas solidários do mundo a:• Enviar mensagens de apoio aos trabalhadores para:Freteco: frentecontrolobrero@gmail.comSindicato Nueva Generación, MMC: sindicatonuevageneracion@gmail.com• Enviar mensagens ao governo de Anzoátegui exigindo imediata cessação de toda violência contra os trabalhadores e que os responsáveis pelo assassinato dos dois trabalhadores e pelo atentado mais recente sejam entregues à justiça imediatamente, através dos seguintes endereços eletrônicos:despacho@tarekrindecuentas.comdaliavega@tarekrindecuentas.cominfo@gobernaciondeanzoategui.comrimasaab@tarekrindecuentas.comdespacho@gobernacionanzoategui.comAqueles que falam a língua espanhola poderiam telefonar para Dália Vega, chefe do escritório do governador, através do número +58 281 2701405-2701406• Enviar mensagens ao governo Bolivariano Venezuelano, embaixadas e consulados exigindo imediata e plena investigação destes acontecimentos, a nacionalização de Vivex e a satisfação das demandas dos trabalhadores de MMC. Podem entrar em contato com o escritório do Presidente através de dggcomunicacional@presidencia.gov.ve13 de Fevereiro de 2009