Nós, trabalhadores da Flaskô, precisamos de socorro e ajuda imediata. A CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) cortou às 18 horas da última sexta-feira (17/10) o fornecimento de energia na fábrica. Precisamos de uma ação imediata e forte para resistirmos mantendo nossos empregos.
Desde o dia 02 de setembro estamos negociando com a CPFL, intermediados pela Superintendência do Ministério do Trabalho de São Paulo. Após reunião entre os trabalhadores da Flaskô e a CPFL, na sede do Ministério do Trabalho de São Paulo, foi acordada a suspensão do pagamento de um acordo no dia 15 de setembro, que depois pagamos para garantir a continuidade da produção. Também foi marcada uma nova reunião para 30 de setembro na sede da CPFL e outra em 07 de outubro no Ministério do Trabalho para dar continuidade às negociações. Na reunião de 30 de setembro, assinamos a suspensão do pagamento do acordo até 27/11, quando faríamos outra reunião tentando viabilizar o entendimento entre as parte quanto à forma de pagamento. Assim, ficou acordado também suspender a reunião com o Ministério do Trabalho do dia 07/10.
No entanto, fomos surpreendidos com a ruptura do acordo por parte da CPFL que nos cortou a energia sem nenhum aviso prévio. Parece-nos que a CPFL simplesmente estava interessada em cancelar a reunião no Ministério do Trabalho para nos atacar, pois sabe que toda a questão se concentra na discussão da luta pelos empregos e pelos direitos. Confirma-se ridícula a afirmação de “responsabilidade social” por parte da CPFL, escondida atrás de fraudulentos espaços culturais que serve somente para ter isenção de impostos.
Nossos empregos estão em risco caso a energia não seja religada imediatamente. Há quase um ano e meio a CPFL cumpriu o mesmo papel nefasto, cortando a energia na fábrica depois do pedido do fascista do Interventor da Cipla e foi obrigado a retomar as negociações com os trabalhadores da Flaskô, após ficar provado a fraude da intervenção na Flaskô. Um ano atrás, vencemos, depois de muita dor e sofrimento durante 40 dias, mas nunca recuperamos os prejuízos que, na realidade, deveriam ser pagos pela CPFL.
Por isso não podemos aceitar essa ação desleal da CPFL. Precisamos de todo o apoio para retomar o fornecimento de energia na fábrica, com a mais ampla solidariedade em defesa da trincheira que a luta dos trabalhadores da Flaskô fincou na luta contra o desemprego.
Assim decidimos adotar uma série de medidas sendo a primeira delas o pedido de solidariedade a todos os trabalhadores e trabalhadoras em todo o Brasil para o envio de moções de apoio direcionadas à CPFL, solicitando o restabelecimento das negociações e, para isso, a retomada do fornecimento de energia para os trabalhadores imediatamente.
Pedro Santinho
Coordenador do Conselho da Fábrica Ocupada Flaskô
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