quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Todos à Audiência Pública na Câmara Municipal de Sumaré, dia 05/03, às 18h30!

foto da Audiência Pública na ALESP (07/2007)

A Flaskô não pode fechar porque a fábrica pertence ao povo!
A Flaskô (antiga Cipla) é uma fábrica do setor químico-plástico localizada no Parque Bandeirantes em Sumaré que já empregou cerca de 600 trabalhadores da nossa cidade e ajudou a desenvolver a região da Área Cura. Porém, quase toda a riqueza gerada beneficiou apenas os antigos proprietários, os irmãos Anselmo e Luís Batschauer, que também eram donos da matriz Cipla e da Interfibra Tubos e Conexões em Joinville/SC.
Por vários motivos (crise econômica e má administração), as empresas se endividaram, as máquinas e equipamentos foram sucateados por falta de investimentos, centenas de postos de trabalho se fecharam, impostos e direitos sociais e trabalhistas foram sonegados...
Enfim, a Cipla, Interfibra e Flaskô estavam condenadas à falência e ao encerramento das atividades. No entanto, nós trabalhadores, na luta para reaver salários e direitos atrasados, tomamos o controle operacional, administrativo e financeiro das fábricas.

Manter os empregos hoje e sempre!
A gestão democrática dos próprios trabalhadores manteve todos empregos e ampliou a produção. As decisões são tomadas nas assembléias gerais e pelo Conselho de Fábrica eleito pelos trabalhadores. Em quatro anos e meio, tivemos vitórias e derrotas, passamos por momentos difíceis, mas nunca desistimos de lutar pelos nossos direitos.
A luta para manter os empregos não é só nossa, é de toda a sociedade porque uma fábrica fechada é um cemitério de postos de trabalho: favorece a expansão da miséria, da violência e da criminalidade. Nossos filhos têm direito a um futuro digno! Por isso, vamos lutar para manter todas as fontes de trabalho!

Viver com dignidade! Erguer a Vila Operária!
Além de retomar a produção, conseguimos trazer vida para um terreno que pertence à fábrica. A área estava abandonada pelos antigos patrões e servia até de sepultura para as vítimas do tráfico e da violência policial.
Nós, trabalhadores da fábrica, junto com centenas de famílias pobres da região da Área Cura, ocupamos o terreno e erguemos nossas casas para morar. Hoje, já existe um bairro lá (a Vila Operária), fundado através da nossa luta! Agora, se mexerem com a Flaskô, vão mexer com a população da Vila Operária também, pois além de lutar pelos empregos, reivindicamos moradia digna, com acesso à água, esgoto, asfalto, saúde e educação para todos!

Aliança com Associação de Moradores do Parque Bandeirantes
Recentemente, também firmamos uma parceria com a Associação de Moradores do Parque Bandeirantes. Cedemos um espaço desativado da fábrica para que a comunidade possa desenvolver seus projetos sociais, esportivos e culturais.
Atualmente, centenas de crianças, jovens, adultos e idosos freqüentam as atividades da Associação realizadas na Flaskô! Isso é mais um sinal da nossa luta contra a barbárie capitalista, que condena os bairros populares à pobreza! Defender a Flaskô é defender outro tipo de relações humanas. Contra a exploração e o individualismo! Pela união dos trabalhadores e o bem da comunidade!

Exemplo de resistência e luta pelo socialismo
O controle operário na Cipla, Interfibra e Flaskô inspirou a luta de milhares de trabalhadores do Brasil e até internacionalmente. Marchamos quatro vezes a Brasília para arrancar reuniões com o governo Lula e exigir a estatização das fábricas ocupadas. Também fizemos protestos, encontros e nos unimos com os sindicatos, movimentos sociais, partidos e parlamentares de esquerda.
Porém, esse exemplo também despertou o ódio dos patrões, pois eles querem continuar mandando nos trabalhadores e no país. Eles querem manter o sistema capitalista. Mas, nossa luta mostra que não precisamos de patrões para controlar as fábricas, então também não precisamos da burguesia para governar o país. Queremos que as fábricas, terras e bancos sejam nacionalizados sob o controle democrático dos trabalhadores para construir o socialismo e acabar com a exploração!

Todos à Audiência Pública na Câmara de Vereadores!
Por esses motivos, chamamos todo o povo de Sumaré e nossos apoiadores a participar da Audiência Pública na Câmara Municipal, no dia 05 de março de 2008, às 18h30. A sociedade tem o direito de saber o que realmente está acontecendo com essa histórica fábrica do Parque Bandeirantes e também tem condições de contribuir na busca de uma solução positiva para essa luta que é de todos nós! Defender a Flaskô é defender uma conquista da classe trabalhadora!

Audiência Pública na Câmara Municipal de Sumaré
“A importante luta dos trabalhadores da Flaskô”
Dia 05/03, quarta-feira, às 18h30

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