sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Campanha pela redução da jornada começa com tudo na Flaskô!

A/C CUT
C/c Sindicato dos Químicos Unificados - Intersindical
A todos os companheiros sindicalistas e ativistas sindicais,

Seguem, abaixo, algumas fotos da atividade realizada na Flaskô para celebrar os dois anos de redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução dos salários, importante conquista da gestão operária.

E como relembrar é viver, a reunião também serviu para impulsionar a campanha nacional da CUT e outras centrais sindicais pela aprovação do Projeto de Emenda Constitucional 393/01, que pretende inserir na legislação a jornada máxima de 40 horas semanais a todos os trabalhadores do Brasil.

Cerca de 40 pessoas - entre trabalhadores da Flaskô, da Ceralit, do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), estudantes da UNICAMP e moradores da região – levaram folhas do abaixo-assinado. Além disso, organizaremos atividades de coleta de assinaturas em escolas e fábricas da região.

E como próximo passo, convidamos os companheiros a participar da Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Sumaré, dia 05/03, às 18h30. Segue link para mais informações:
http://tiremasmaosdacipla.blogspot.com/2008/02/todos-audincia-pblica-na-cmara.html

Compareçam!



terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Flaskô: dois anos de redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários!

Ato de comemoração pelos 02 anos de redução da jornada na Flaskô!
Abaixo o interventor da Cipla e Interfibra que destruiu a jornada de 30 horas!
Lançamento da campanha: 40 horas semanais para toda a classe trabalhadora!


Em fevereiro de 2006, os trabalhadores que ocupam a Flaskô decidiram, em assembléia geral, reduzir a jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução nos salários. Para marcar essa conquista da gestão operária, convidamos o movimento sindical da região e todos nossos apoiadores para um ato de comemoração, dia 27 de fevereiro, às 18h30, na própria fábrica.
O Movimento Nacional das Fábricas Ocupadas sempre defendeu e praticou essa bandeira. Na Cipla, logo no primeiro ano de controle operário a jornada foi reduzida de 44 para 40 horas semanais e, em janeiro de 2007, a jornada passou a ser de 30 horas semanais, sem redução nos salários, o que gerou a abertura imediata de mais 70 novos postos de trabalho! A decisão foi tomada por unanimidade numa assembléia com 600 trabalhadores, que empolgou todos os participantes do Encontro Pan Americano em Defesa dos Empregos, dos Direitos, da Reforma Agrária e do Parque Fabril (foto).
Não é à toa que a primeira medida da intervenção federal tenha sido o retorno às 44 horas semanais! O exemplo da redução da jornada numa fábrica praticamente falida é insuportável para os patrões, pois não sobra nenhum argumento que possa justificar a manutenção de longas jornadas de trabalho. Fica evidente que boa parte do tempo trabalhado só serve para encher a conta bancária dos patrões.

Lançamento da campanha nacional pelas 40 horas semanais!
Além disso, no mesmo ato em que vamos comemorar os 02 anos de redução da jornada na Flaskô, vamos discutir também os próximos passos da luta pela extensão dessa vitória à toda classe trabalhadora, tendo em vista a campanha nacional impulsionada pela CUT e outras centrais sindicais. Desde o dia 11/02, circula pelo Brasil todo um abaixo-assinado que pede ao governo Lula e ao Congresso Nacional a aprovação do Projeto de Emenda Constitucional 393/01.
A campanha visa conquistar na lei a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução nos salários e, por isso, merece todo empenho dos sindicatos e militantes sociais para a coleta de 1 milhão de assinaturas até 1º de Maio de 2008, dia da entrega do abaixo-assinado em Brasília!
Acesse a página da CUT para baixar os materiais de campanha:
www.cut.org.br

Luta pela redução da jornada
Data: 27 de fevereiro
Horário: 18h30
Local: Flaskô (Sumaré/SP)

Prefeito Bacchim envia carta a Lula e ao BNDES solicitando apoio à Flaskô

Clique nas imagens para ler o ofício enviado a Lula pelo Prefeito de Sumaré, José Antônio Bacchin (PT). Outra carta, com o mesmo teor, também foi enviado ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Esse é o resultado de uma carta aberta que os trabalhadores da Flaskô divulgaram pela cidade, pedindo apoio do prefeito e sua presença na Audiência Pública de 05 de março, às 18h30, na Câmara Municipal.

E não se esqueça:

Todos à Audiência Pública!
"A importante luta dos trabalhadores da Flaskô!"
Dia 05/03, às 18h30
Câmara de Vereadores de Sumaré

Trabalhadores ocupam a Ceralit e querem voltar a produzir sem o patrão

A Ceralit fica em Campinas (SP) e produz ceras e óleos usados como matéria-prima em vários ramos industriais. Há cerca de 200 trabalhadores atualmente e já há alguns anos o patrão não paga corretamente os salários e direitos. O maquinário é antigo e o risco de acidentes é permanente. Porém, há também um setor novo na fábrica para a produção de biodiesel, que está subutilizado.
Os trabalhadores da Flaskô sempre apoiaram os companheiros da Ceralit e alguns já visitaram a fábrica ocupada para ver como se aplica a gestão operária. Em maio de 2007, diante da incompetência patronal, os próprios trabalhadores conseguiram fechar acordos de fornecimento de matéria-prima e venda de produtos, mas, conforme explica o Sindicato dos Químicos:
“No dia 22 de dezembro último venceu o contrato com o fornecedor principal. Sem a matéria prima a produção parou, ficou impossível garantir os salários e houve o corte dos serviços prestados pelas concessionárias de água, luz e telefone. Este fornecedor garantia a entrega da matéria prima, pois estava interessado em comprar a Ceralit.
No entanto, no dia 22, ele comunicou aos trabalhadores que a dívida de R$ 160 milhões supera o patrimônio da empresa, o que o levou a se desinteressar pela compra.

Trabalhadores querem fazer a Ceralit funcionar
Com a ocupação da fábrica, além de impedir uma tentativa patronal de retirar as máquinas e equipamentos, os trabalhadores pretendem fazer com que ela volte a produzir. Para isso, nos próximos dias manterão contatos com fornecedores de matéria prima e com empresas que consomem o que a Ceralit produz”.
Toda força aos companheiros na defesa dos empregos, direitos e do parque fabril! Pela retomada da produção sob controle operário!
Para ver a matéria no site do Sind Quim, acesse:

Metalúrgicos de Rio Claro (SP) enfrentam patrões e políticos para se manterem unidos

O Prefeito de Rio Claro (SP), Nevoeiro Júnior, do Partido Democrata (Demo) e seus aliados na Câmara de Vereadores resolveram entrar na briga contra os metalúrgicos de lá. Na última eleição para o Sindicato, os patrões apoiaram a formação de uma chapa que queria dividir a base de representação da entidade! O Sindicato de Limeira abrange outras cidades da região, mas os pelegos querem fundar um Sindicato em Rio Claro.
Mesmo perdendo as eleições, a campanha de divisão continua. "Precisamos de uma representação maior dos nossos trabalhadores para evitar de se ver um filme que os rio-clarenses já conhecem do passado. O fechamento da Gurgel Motores e da Metalúrgica Alfa ainda estão na memória de todos. Tenho certeza da maturidade dos trabalhadores da nossa cidade, que abominam a postura autofágica sindical", disse o prefeito.
Já o vereador Sérgio Carnevale (Demo) afirmou: “Do jeito que as coisas estão, em pouco tempo também vamos amargar a perda da Torque. Acredito que esta empresa vai se transferir para outra cidade, se as pressões dos sindicalistas limeirenses prosseguirem”.

Categoria permanece unida!
Porém, em assembléia com cerca de mil trabalhadores em dezembro último, os metalúrgicos rejeitaram a proposta e se mantêm unidos na região, como sempre foram, desde 1959! E o discurso dos políticos rio-clarenses não cola, afinal, a culpa pelo fechamento ou transferência de empresas não são dos operários e de suas organizações e sim da política desenfreada de lucro fácil promovida pelos patrões, que nem se importam com os direitos dos trabalhadores, com a produção ou em pagar os impostos para a cidade.
Veja também a notícia no site do Sindicato de Limeira:

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Todos à Audiência Pública na Câmara Municipal de Sumaré, dia 05/03, às 18h30!

foto da Audiência Pública na ALESP (07/2007)

A Flaskô não pode fechar porque a fábrica pertence ao povo!
A Flaskô (antiga Cipla) é uma fábrica do setor químico-plástico localizada no Parque Bandeirantes em Sumaré que já empregou cerca de 600 trabalhadores da nossa cidade e ajudou a desenvolver a região da Área Cura. Porém, quase toda a riqueza gerada beneficiou apenas os antigos proprietários, os irmãos Anselmo e Luís Batschauer, que também eram donos da matriz Cipla e da Interfibra Tubos e Conexões em Joinville/SC.
Por vários motivos (crise econômica e má administração), as empresas se endividaram, as máquinas e equipamentos foram sucateados por falta de investimentos, centenas de postos de trabalho se fecharam, impostos e direitos sociais e trabalhistas foram sonegados...
Enfim, a Cipla, Interfibra e Flaskô estavam condenadas à falência e ao encerramento das atividades. No entanto, nós trabalhadores, na luta para reaver salários e direitos atrasados, tomamos o controle operacional, administrativo e financeiro das fábricas.

Manter os empregos hoje e sempre!
A gestão democrática dos próprios trabalhadores manteve todos empregos e ampliou a produção. As decisões são tomadas nas assembléias gerais e pelo Conselho de Fábrica eleito pelos trabalhadores. Em quatro anos e meio, tivemos vitórias e derrotas, passamos por momentos difíceis, mas nunca desistimos de lutar pelos nossos direitos.
A luta para manter os empregos não é só nossa, é de toda a sociedade porque uma fábrica fechada é um cemitério de postos de trabalho: favorece a expansão da miséria, da violência e da criminalidade. Nossos filhos têm direito a um futuro digno! Por isso, vamos lutar para manter todas as fontes de trabalho!

Viver com dignidade! Erguer a Vila Operária!
Além de retomar a produção, conseguimos trazer vida para um terreno que pertence à fábrica. A área estava abandonada pelos antigos patrões e servia até de sepultura para as vítimas do tráfico e da violência policial.
Nós, trabalhadores da fábrica, junto com centenas de famílias pobres da região da Área Cura, ocupamos o terreno e erguemos nossas casas para morar. Hoje, já existe um bairro lá (a Vila Operária), fundado através da nossa luta! Agora, se mexerem com a Flaskô, vão mexer com a população da Vila Operária também, pois além de lutar pelos empregos, reivindicamos moradia digna, com acesso à água, esgoto, asfalto, saúde e educação para todos!

Aliança com Associação de Moradores do Parque Bandeirantes
Recentemente, também firmamos uma parceria com a Associação de Moradores do Parque Bandeirantes. Cedemos um espaço desativado da fábrica para que a comunidade possa desenvolver seus projetos sociais, esportivos e culturais.
Atualmente, centenas de crianças, jovens, adultos e idosos freqüentam as atividades da Associação realizadas na Flaskô! Isso é mais um sinal da nossa luta contra a barbárie capitalista, que condena os bairros populares à pobreza! Defender a Flaskô é defender outro tipo de relações humanas. Contra a exploração e o individualismo! Pela união dos trabalhadores e o bem da comunidade!

Exemplo de resistência e luta pelo socialismo
O controle operário na Cipla, Interfibra e Flaskô inspirou a luta de milhares de trabalhadores do Brasil e até internacionalmente. Marchamos quatro vezes a Brasília para arrancar reuniões com o governo Lula e exigir a estatização das fábricas ocupadas. Também fizemos protestos, encontros e nos unimos com os sindicatos, movimentos sociais, partidos e parlamentares de esquerda.
Porém, esse exemplo também despertou o ódio dos patrões, pois eles querem continuar mandando nos trabalhadores e no país. Eles querem manter o sistema capitalista. Mas, nossa luta mostra que não precisamos de patrões para controlar as fábricas, então também não precisamos da burguesia para governar o país. Queremos que as fábricas, terras e bancos sejam nacionalizados sob o controle democrático dos trabalhadores para construir o socialismo e acabar com a exploração!

Todos à Audiência Pública na Câmara de Vereadores!
Por esses motivos, chamamos todo o povo de Sumaré e nossos apoiadores a participar da Audiência Pública na Câmara Municipal, no dia 05 de março de 2008, às 18h30. A sociedade tem o direito de saber o que realmente está acontecendo com essa histórica fábrica do Parque Bandeirantes e também tem condições de contribuir na busca de uma solução positiva para essa luta que é de todos nós! Defender a Flaskô é defender uma conquista da classe trabalhadora!

Audiência Pública na Câmara Municipal de Sumaré
“A importante luta dos trabalhadores da Flaskô”
Dia 05/03, quarta-feira, às 18h30

ABSURDO: justiça condena vereador que apóia as fábricas ocupadas

Em breve, o Movimento Nacional das Fábricas Ocupadas integrará uma campanha contra essa condenação absurda de um parlamentar a serviço da classe trabalhadora e que esteve na linha de frente das lutas da Cipla e Interfibra. Não podemos tolerar que um mandato seja criminalizado. Se fizerem isso com um vereador, imaginem o que poderão fazer contra os movimentos sociais...

24/01/2008
A condenação vergonhosa do Vereador Adílson Mariano (PT)
por Cynthia Pinto da Luz, dirigente do Centro de Direitos Humanos e advogada de Mariano.



A recente condenação do vereador Adilson Mariano (foto) pelo Juiz de Direito da Ia Vara Criminal, Renato Roberge, a cumprir pena de detenção por um ano e três meses, substituída por prestação de serviços comunitários, provoca a indignação de qualquer militante que lute por justiça social. O entendimento do Juiz é extremado, ao condenar o vereador sob o argumento de “incitação a protestos” no episódio da manifestação de estudantes contra o aumento abusivo da tarifa do transporte coletivo, em maio de 2003.

Ora, considerar ato criminoso a luta por qualquer reivindicação do povo explorado, é rasgar os direitos constitucionais de representação, de liberdade de expressão, da manifestação de idéias e da defesa dos direitos. Infelizmente o Juiz criminaliza o efeito, ou seja, a manifestação legitima do povo, e não a causa, o aumento absurdo da tarifa, a mais cara do Brasil. Também privilegia ou se omite diante do escandaloso monopólio de quase quarenta anos da concessão de uso do transporte coletivo pelas empresas Gidion e Transtusa. É sabido que graves irregularidades permeiam essa concessão que há longa data vêm sendo questionada, inclusive judicialmente, por entidades e lideranças comunitárias de Joinville.

O ilustre Magistrado, também ignora as vergonhosas condições de trabalho de motoristas submetidos a longas jornadas, má remuneração e acúmulo de funções, obrigados a dirigir e cobrar.Obviamente esta não é uma sentença definitiva, apenas o entendimento de um magistrado de primeira instância que pode e será reformada pelo Tribunal de Justiça do estado, em grau de recurso. Inclusive, em razão do precário suporte técnico e jurídico que a fundamenta, já que não há provas, nem poderia, de que o vereador tenha extrapolado seu papel ou praticado atos condenáveis neste episódio ou em qualquer momento de sua história de oito anos de legislatura.

Na ocasião, o vereador Mariano foi o único que se postou inarredavelmente ao lado dos estudantes e dos trabalhadores. Lá estava, presente na manifestação, na qualidade de parlamentar, exercendo com honra e coragem a defesa de uma causa justa e de crucial importância para o povo explorado de Joinville. Afinal, se agisse diferente, estaria traindo o mandato que recebeu.

A condenação de Mariano não é um fato isolado, acontece com o acirramento da criminalização das lutas dos movimentos sociais e das ações dos defensores de direitos humanos que militam contra um sistema excludente, sustentado por uma burguesia insana, cujos interesses são apenas seus privilégios. Os trabalhadores e jovens saberão novamente defender o mandato de quem luta por suas reivindicações. Os movimentos sociais, o Partido dos Trabalhadores, e todos aqueles que se alinham com a luta por uma sociedade justa e igualitária, livre das diferenças de classe serão convocados a se mobilizarem em defesa do mandato dos trabalhadores, de Adilson Mariano.

Adquira novo documentário da fábrica ocupada Flaskô




Entrem em contato e adquiram o Novo Documentário dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Flaskô, por R$ 15,00. Conheça e contribua para nossa luta, que não é fácil. O Documentário é uma produção dos próprios trabalhadores e editado por um grande apoiador da nossa luta: João Santolaia - trabalhador numa fábrica química em Valinhos. Militande da classe operária, guerreiro de chão de fábrica. Inclusive agradecemos publicamente o apoio deste camarada na edição de nosso vídeo.
Decidimos produzir este vídeo para denunciar o grande ataque que nosso Movimento sofreu em 2007, organizado pelo próprio Governo, entidades patronais e sindicatos vendidos, como o sindicato dos plásticos de Joinville - SC. Estamos tornando mais público a destruidora intervenção judicial que o Movimento das Fábricas Ocupadas sofreu, destruindo o controle operário nas Fábricas Cipla e Interfibra.
Mais destacamos também a resistência e a vitória dos pais e mães de família da Flaskô, que impediu a fraudulenta intervenção que tentaram impôr a nós.

Entrem em contato conosco e conheça nosso Documentário:
(19) 8164 19 71 - 3864 21 39 - 3864 26 24
mobilizacaoflasko@yahoo.com.br