sexta-feira, 20 de março de 2009

SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES IRANIANOS

Companheiros(as)!

Prisões e açoitamentos no Irã colocam para os trabalhadores e jovens do mundo todo a urgência de uma ampla campanha de solidariedade.

Em vários países estão ocorrendo atos nas embaixadas e consulados iranianos exigindo a libertação dos presos políticos e o fim das torturas e castigos.

No Brasil, vamos nos reunir em São Paulo, em frente à Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Irã, para fazer o mesmo.

ATO EM SOLIDARIEDADE
AOS TRABALHADORES E ESTUDANTES IRANIANOS
LIBERDADE PARA TODOS OS PRESOS POLÍTICOS!

Nesta Segunda-Feira, 23 de Março, às 9:30
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-IrãRua Augusta, 2516

Abaixo apresentamos as informações que recebemos da Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN) em relação à situação dos trabalhadores naquele país.Pedimos a todos que, em apoio à democracia e à luta dos trabalhadores, ajudem a divulgar amplamente e, mais do que isso, que entrem em contato com a embaixada do Irã no Brasil enviando mensagens de protesto e pedindo esclarecimentos.
Contatos da Embaixada da República Islâmica do Irã - Brasília - DFSES - Av. das Nações, Quadra 809, lote 31 CEP 70421-900 - Brasília - DFtel. (0xx61) 242-5733fax (0xx61) 244-9640 e-mail: webiran@webiran.com.brsite: www.webiran.org.br
Liberdade para os presos políticos no Irã!Liberdade para Abbas Hakimzadeh!Liberdade para todos os prisioneiros políticos!Depois da libertação de Mohsen Hakimi e o segundo ataque contra os estudantes da Universidade Amir Kabir, a Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN, da sigla em inglês) quer destacar o horrível trato que as forças de segurança do regime iraniano estão propiciando a Abbas Hakimzadeh para denunciar a contínua repressão que sofrem os trabalhadores, estudantes, mulheres, minorias nacionais e outros muitos setores da sociedade iraniana. Abbas Hakimzadeh é um dos quatro prisioneiros políticos cuja situação publica a IWSN. Abbas Hakimzadeh, membro do Conselho Central do Escritório para a Promoção da Unidade (o grupo de estudantes pró-reforma maior) e antigo membro da Sociedade Islâmica da Universidade Amir Kabir, foi preso em 24 de fevereiro. Agentes do Ministério de Inteligência prenderam-lhe a ele e a vários estudantes após ataques violentos e se negaram a responder às perguntas das famílias a respeito de seu estado e paradeiro.Em junho de 2007 Abbas Hakimzadeh foi um dos dois estudantes da Universidade Amir Kabir (Politécnica de Teerã) que foi encarcerado na conhecida prisão Evin. Em 13 de junho um grupo de estudantes gritava consignas como "Abaixo o ditador" e "Abaixo o despotismo", o que provocou uma reação violenta por parte dos guardas da prisão. O virulento ataque deixou a Hakimzadeh em coma, depois de ser golpeado pelos guardas.A crise na Universidade Amir Kabir começou em 30 de abril de 2007, quando os estudantes publicaram uma revista que continha artigos que os servidores públicos da universidade consideraram insultos ao Islã.• Liberdade para Abbas Hakimzadeh! • Ferir a um é ferir a todos! • Liberdade para todos os prisioneiros políticos do Irã! Duas ativistas operárias açoitadas!Segundo o Comitê Coordenador para a Criação de Organizações Operárias, na quarta-feira, 18 de fevereiro, Shiva Kheyrabadi e Susan Razani, duas ativistas operárias, foram açoitadas. Ambas foram sentenciadas junto a outros dois ativistas em agosto de 2008. Seu crime foi participar na marcha do 1º de Maio a Sanandaj (no Curdistão iraniano). Em 5 de agosto de 2008 o tribunal criminoso de Sanandaj sentenciou aos quatro com este castigo bárbaro, brutal e medieval por tomar parte nas celebrações do Primeiro de Maio. O tribunal sentenciou a Susan Razani com 70 açoites e nove meses de cárcere, a Shiva Kheyrabadi com 15 açoites e quatro meses de cárcere, a Abdollah Khani (Abeh Nejar) com 40 açoites e 91 dias de cárcere e a Seyyed Ghaleb Hosseini com 50 açoites e seis meses de cárcere. Os advogados contaram com 20 dias para apresentar uma apelação no tribunal provincial do Curdistão.O regime iraniano não está levando a cabo esta política desde uma posição de força. O açoitamento de trabalhadores é uma tentativa desesperada do regime de afogar a combatividade e elevada moral dos trabalhadores que, apesar de não ter sindicatos legais e de sofrer uma grave situação econômica, continuam lutando por seus direitos. No ano passado, semanas antes do 1º de Maio, as autoridades começaram uma campanha de intimidação e terror contra o novo movimento operário para que as marchas e as celebrações não fossem tão grandes nem tão radicais como as de 2007. Em fevereiro de 2008 três ativistas foram açoitados e outros oito foram sentenciados a receber açoites.Os açoites das duas ativistas mostram ao mundo inteiro a verdadeira cara do regime iraniano. Apesar da tecnologia nuclear, os satélites e toda a retórica a respeito dos avanços científicos e médicos, sob este regime reside uma besta medieval e reacionária com um coração escuro e cruel. Açoitando aos trabalhadores, este regime está cometendo um ato proibido na Inglaterra desde os tempos da rainha Ana, a princípios do século 18!Pedimos que enviem cartas de protesto para pressionar ao regime iraniano para que deixe de açoitar ativistas e liberte a todos os operários presos imediatamente e sem condições.18 de fevereiro de 2009.Militante operário Taha Azadi processado por "atuar contra a segurança nacional" Taha Azadi, membro do Comitê Diretivo do Sindicato Livre de Trabalhadores Iranianos foi processado pelo Tribunal Revolucionário de Kangan em 15 de fevereiro. O juiz acusou-lhe de atuar na contramão da segurança nacional e de levar propaganda na contramão do sistema islâmico. Taha Azadi foi detido em 1º de Maio de 2008 por celebrar o Dia do Trabalho e encarcerado 47 dias, durante os quais foi submetido a abusos físicos e psicológicos. Além de negar os cargos, Taha Azadi disse que celebrar o Dia do Trabalho era seu direito e o direito de todos os trabalhadores: "Que celebrar o Primeiro de Maio, que é um direito inegável dos trabalhadores, constitui um ato contra a segurança nacional e de propaganda contra o sistema islâmico, é sua opinião." E continuou sua defesa dizendo, enquanto assinalava as fotografias dos cartazes e os cartazes: "Como pode ver nestes cartazes, queremos uma vida melhor e nós os trabalhadores consideramos estas demandas nosso direito." Ao finalizar o julgamento, que durou 15 minutos, disseram a Taha Azadi que lhe enviariam o veredicto do tribunal. O Sindicato Livre de Trabalhadores Iranianos condenou o julgamento. A Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos condenou energicamente as acusações infundadas do tribunal do regime e faz um apelo para que os cargos de Taha Azadi sejam retirados imediata e incondicionalmente. 22 de fevereiro de 2009.Irã: Outros dois ativistas açoitados!No sábado, 21 de fevereiro, Abdollah Khani e Ghaleb Hosseini foram citados pelo Escritório do Promotor de Sanandaj (no Curdistão iraniano) posteriormente presos para que suas sentenças se pudessem levar a cabo. Ambos ativistas foram detidos no ano passado por tomar parte na marcha a Sanandaj do Primeiro de Maio de 2008. Ghaleb Hosseini foi condenado a seis meses de cárcere e 50 chibatadas e Abdollah Khani com 91 dias de cárcere e 40 chibatas. Às 11 da manhã foram açoitados e às 13:30 as forças de segurança do Escritório do Fiscal transladou-lhes à prisão central de Sanandaj para cumprir o resto de suas sentenças. Os açoites de Abdollah Khani e Ghaleb Hosseini seguem aos recebidos por duas ativistas operárias em 18 de fevereiro. A Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos condena este castigo reacionário e medieval infligido aos trabalhadores só por exercer o que é um direito inegável. O Primeiro de Maio é o Dia do Trabalho para todos os trabalhadores do mundo e todos deveriam o celebrar sem ser castigados pela polícia ou os tribunais. 23 de fevereiro de 2009.Começa a segunda parte do ataque aos estudantes da Universidade Amir KabirA segunda parte do ataque aos estudantes da Universidade Amir Kabir começou: Ahmad Ghasaban, Nariman Mostafavi, Mehdi Mashayekhi e Abbas Hakimzadeh foram presos. Segundo a revista dos estudantes da Universidade de Amir Kabir (UAK), a manhã da quinta-feira 24 de fevereiro, depois de um ataque perpetrado por agentes do Ministério de Inteligência contra antigos e atuais membros da Sociedade Islâmica da Universidade Amir Kabir, vários estudantes foram detidos. Até o momento, Ahmad Ghasaban, Nariman Mostafavi and Mehdi Mashayekhi, membros da Sociedade Islâmica da Universidade, e Abbas Hakimzadeh, membro do Conselho Central do Escritório para a Promoção da Unidade (o grupo de estudantes pró reforma maior) e antigo membro da Sociedade Islâmica da Universidade, foram detidos. Não há nenhuma informação a respeito da situação dos outros estudantes que têm sido presos. Os agentes do Ministério de Inteligência detiveram-nos após violentos assaltos e negaram-se a responder aos familiares dos estudantes. Todas as perguntas sobre seu estado e bem-estar têm sido infrutíferas.Em 23 de fevereiro, apesar das manobras que as autoridades da UAK levaram a cabo na preparação do projeto para re-enterrar a guerra morta, os estudantes da Universidade protestaram neste ato político, enfurecendo assim as forças de segurança. Durante o primeiro ataque, mais de 70 estudantes foram detidos.Há que recordar que Hossein Tarkashavand, Majid Tavakoli, Kurosh Daneshyar e Esmail Salmanpoor são os outros quatro estudantes da UAK que foram presos faz um mês e que ainda estão retidos pelas autoridades. 28 de fevereiro de 2009.Milhares de metalúrgicos de Esfahan começam um boicote simbólicoA Empresa de Aço de Esfahan explora mais de 18 mil trabalhadores que estão divididos em dois grupos: 10mil trabalhadores de empresas terceirizadas e 8 mil servidores públicos. O primeiro grupo tem piores condições trabalhistas, e menores salários que o segundo. Ainda que os 10 mil trabalhadores terceirizados vêm protestando várias vezes contra as más condições e a discriminação, não têm conseguido nada. Em 28 de fevereiro os trabalhadores de ambos grupos uniram forças e começaram um boicote simbólico: não comeram nos restaurantes da fábrica.Apesar das tentativas da direção e do governo de romper o vínculo entre eles, os trabalhadores terceirizados e os servidores públicos estão unidos nesta luta simbólica e demandam melhores salários e condições para os terceirizados.3 de março de 2009.Fonte: Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN)
Colaboração no Brasil: www.marxismo.org.br

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