sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Flaskô também está na mira da multinacional alemã Mauser

O jornal Gazeta Mercantil publicou uma matéria no dia 01 de agosto (http://www.investnews.com.br/integraNoticia.aspx?Param=13%2C0%2C1%2C671180%2CUIOU) na qual afirma que a Mauser, multinacional alemã, estaria interessada em comprar a Flaskô, como parte do plano de reestruturação que a empresa desenvolve atualmente no Brasil.
Na verdade, a estratégia da Mauser - que chegou ao país em 2006 - é comprar empresas do segmento de embalagens industriais para fechá-las ou incorporá-las ao seu capital, concentrando a produção em apenas algumas unidades.
Nas palavras do presidente da Mauser, Cláudio Parelli, “é uma visão estratégica da empresa fornecer soluções para toda a cadeia de valor das embalagens industriais no mercado nacional". Quer dizer, a Mauser quer dominar todo setor para solucionar os próprios problemas.
Por isso, em menos de um ano após adquirir a Girona, resolveu fechar a empresa que fica na cidade de Santana da Parnaíba (SP). A Mauser, que já tinha uma fábrica em Suzano (SP), admitiu: "Não fazia sentido ter duas fábricas na Grande São Paulo"!
No entanto, para os 260 trabalhadores da antiga Girona com certeza fazia sentido a manutenção das atividades da companhia. Tanto é que iniciaram, sob direção do Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo, uma greve acompanhada de acampamento em frente à empresa para defenderem seus empregos.
O histórico dessa luta pode ser encontrado a partir do link:
http://www.quimicosunificados.com.br/noticia_interna.php?id=442.

Não farão o mesmo com a Flaskô!
Não adianta sondar com a possibilidade de comprar a Flaskô. A fábrica ocupada não está à venda! Aliás, de quem a Mauser pensa que vai comprar a Flaskô? Dos antigos patrões? Do interventor?
Podem até tentar, mas não vão conseguir assumir o controle da empresa. Será que teremos que repetir mais uma vez? A Flaskô está sob controle dos trabalhadores! Não aceitamos nenhum tipo de patrão! Com ajuda de nossos apoiadores e do governo venezuelano, conseguiremos religar a luz e voltar a produzir! Exigimos do presidente Lula e do ministro da Previdência, Luís Marinho, que retirem a intervenção nas fábricas ocupadas e as estatizem sob controle operário!“A Flaskô é dos trabalhadores e de toda a sociedade. Os antigos donos deixaram dividas milionárias que somente podem se recuperar com a fábrica produzindo e cumprindo sua função social. A fábrica fechada é um cemitério. Sabemos qual a política dos patrões para as empresas. Sugam até o final e cospem os trabalhadores como bagaço. Nós já derrotamos os antigos donos e venceremos esta batalha. Sabemos que a única saída é a fábrica voltar a produzir sob o controle dos trabalhadores e o presidente Lula estatizar a fábrica sob o controle dos trabalhadores. Por isso vamos redobrar a campanha pelo fim da intervenção e para religar a luz na fábrica", disse Pedro Santinho, coordenador do Conselho da Flaskô.

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