quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Informe sobre as negociações da Flaskô com a CPFL

Após uma campanha vitoriosa de mobilização, moções e telefonemas à Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), os trabalhadores da Flaskô conseguiram reabrir as negociações sobre a manutenção do fornecimento de energia elétrica e as condições de pagamento das contas em atraso.
Em uma reunião, entre a empresa e os representantes dos trabalhadores, ficou acertado um prazo de 90 dias para pagar cada conta de luz em atraso. Assim, a conta de abril de 2007 seria paga em fins de dezembro, a de maio de 2007 no final de março de 2008 e a de junho de 2007 após mais 90 dias.
Isso significa 33% da dívida por mês. Um acordo difícil para a Flaskô, mas possível de ser pago. Um bom acordo para a CPFL, que receberá gradualmente todo o montante (cerca de R$ 250 mil). Tudo isso mais as contas mensais e R$ 20 mil por mês do acordo anterior, que já voltaram a ser pagos no prazo de vencimento.
No entanto, há uma pendência na negociação que precisa ser resolvida logo, pois quanto mais o tempo passa sem o fechamento definitivo desse acordo, mais a ameaça de um novo corte ressurge. Hoje mesmo pela manhã (27/09), trabalhadores da CPFL realizaram serviços no poste onde se encontra o equipamento capaz de cortar a energia da fábrica eletronicamente. Houve muitos comentários entre os operários, que já desenvolveram um certo trauma só de ver os carros da CPFL na região. Mas, ao que parece é apenas manutenção de rotina.
Pendência
Todos sabem que a Flaskô ficou mais de 40 dias sem luz: desde meados de junho ao início de agosto. Por isso, a conta de julho (referente a junho) deveria descontar os dias parados, que ficaram sem energia elétrica. No entanto, o valor cobrado é semelhante ao de um mês normal de trabalho: R$ 88 mil!
Na mesa de negociação, os trabalhadores pediram para refaturar a conta, visivelmente sobrevalorizada. A direção da CPFL aceitou, mas manteve o mesmo valor na última carta enviada por e-mail ao camarada Pedro Santinho, coordenador do Conselho de Fábrica.
Os representantes dos trabalhadores estão em contato freqüente com os responsáveis pela cobrança, acompanhados pelo nosso depto jurídico. Um corte de energia neste momento, devido a esse problema em aberto, significaria uma ruptura nas negociações que já estão avançadas. Desejamos descartar essa hipótese o quanto antes.

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