Carta de Solidariedade aos companheiros trabalhadores da fábrica IMPA
Estimados companheiros,
Estimado companheiro Eduardo Vasco Murua (camisa branca na foto),
Acabamos de tomar conhecimento do violento ataque que sofreram na Argentina e imediatamente decidimos organizar uma delegação ao Consulado da Argentina, em São Paulo, para exigir o fim da repressão e a devolução da fábrica aos seus trabalhadores.
Como tem conhecimento, aqui no Brasil sofremos a mesma repressão por parte do governo Lula, em 31 de maio de 2007, que determinou a intervenção nas fábricas ocupadas, Cipla e Interfibra , com uma tropa de mais de 150 policiais fortemente armados e, desde então, têm adotados medidas para fechar a fábrica. Hoje passam de 300 os demitidos e todos as conquistas da gestão democrática dos trabalhadores foram revogadas, como a redução para 30h a jornada de trabalho com a manutenção dos salários. Um movimento muito importante de resistência e apoio a luta aqui no Brasil e no mundo no se levantou contra o ataque fascista e intervenção. Na época contamos com a importante solidariedade do companheiro Murua da IMPA. Sabemos que a unidade do movimento operário pelo fim da intervenção foi determinante para impedir a invasão da Flaskô cerca de 45 dias após.
Por tudo isso estamos organizando para os dias 27 e 28 de junho um Tribunal Popular para Julgar a Intervenção das Fábricas Ocupadas, no Brasil. Desde já queremos convidá-los a estar presente com uma delegação de IMPA e de todo o vosso movimento.
Sabemos que todo fábrica fechada é um cemitério de postos de trabalho e por isso os patrões e seus lacaios não podem aceitar que nossa classe se levante contra a barbárie que o capital e seus governos organizam, por isso eles não podem aceitam que existam fábrica tomadas pelos trabalhadores que seguem a luta em defesa dos interesses de seus irmãos pelo fim da exploração de classe. Por isso eles nos atacam, e se utilizam da mais dura repressão para nos tentar dividir, desmoralizar e fazer abandonar nossa caminho de luta para o socialismo.
De outro lado, sabemos que a classe operária tudo pode, se sabe construir sua unidade e não se dobra aos interesses do capital. Os trabalhadores da IMPA tem demonstrado isso mantendo seus empregos nestes 10 anos. Por toda América Latina e no mundo vemos a resistência revolucionária dos trabalhadores cuja ponta de lança é a revolução venezuelana.
Por isso nos somamos a dura luta dos nossos irmãos trabalhadores da IMPA pelo fim da repressão e exigimos que devolvam a fábrica a seus trabalhadores que há mais de dez anos tem lutado pelos seus postos de trabalho.
Estamos a disposição dos companheiros para o que for necessário.
Um ataque a um é um ataque a todos!
Exigimos: Devolvam a fábrica a seus trabalhadores! Fim da repressão na IMPA!
Serge Goulart – Coordenador do Movimento das Fábricas Ocupadas do Brasil
Pedro Santinho – Coordenador da Flaskô (Fábrica sob controle dos trabalhadores/SP)
Caio Dezorzi – pela Secretaria da Esquerda Marxista
Reprimiram aos trabalhadores de IMPA e a colegas da ANTA-CTA, que acompanham a luta
No dia 17 de abril de 2008, sucederam-se feitos de repressão policial contra os trabalhadores da empresa recuperada IMPA e contra todos os colegas da Associação Nacional de Trabalhadores Autogestionados-CTA, que acompanham a luta pela manutenção da fonte de trabalho mantida de forma autogestionada por parte dos trabalhadores de dita fábrica.
Para contextualizar cabe esclarecer que a empresa autogestionada IMPA tem estado em concordata de credores desde 1997 e pagou 90% da dívida. Ainda que tendo chegado a um princípio de acordo com duas de seus credores faz menos de uma semana, o juiz resolveu pelo despejo de IMPA sem mediar nenhum tipo de negociação prévia e desconhecendo por completo as tratativas e acordos obtidos com ditos credores já citados.
Assim é que ordenou o despejo pela força da fábrica, o qual se concretizou na terça-feira 15 de abril de 2008, às 22 hs. É assim que no dia de ontem, 16 de abril de 2008, se juntou um grande grupo de trabalhadores autogestionados em apoio da fonte de trabalho dos colegas de IMPA, e pela continuidade trabalhista dos mesmos na empresa que souberam recuperar e pôr novamente em funcionamento faz anos atrás.
E neste dia, e para não sair de seu costume, a Polícia Federal reprimiu ferozmente a todos os colegas que mantinham a vigília na porta da fábrica. Sem mediar nenhuma provocação por parte dos colegas, senão simplesmente a pressão provocada pela presença no lugar e por manter viva consigna-a de que “IMPA é dos trabalhadores”, é que a polícia começou sua provocação e repressão mediante os jatos de seu carro hidrante ao que continuou com os disparos de balas de borracha e gases lacrimogêneos sem lhes importar para nada que dessa maneira podiam ferir gravemente, dado o estreito das ruas da zona, não somente aos colegas que estavam ali senão que também aos vizinhos que conhecem e apóiam aos trabalhadores de IMPA.
O resultado da feroz repressão é que detiveram a 35 colegas, dos quais 20 são de IMPA e 15 de cooperativas pertencentes a ANTA (Associação Nacional de Trabalhadores Autogestionados).
Por tudo isto solicitamos a todas as organizações, que estejam na senda da luta dos trabalhadores e pela reivindicação e defesa de seus postos de trabalho e por seus direitos, que difundam o sucedido da maneira o mais amplamente possível e também estar atentos a que SE TOCAM A UM NOS TOCAM A TODOS.
Muito obrigado por sua atenção e abraços para todos.
Traduzido de http://www.cta.org.ar/base/article9264.html
Estimados companheiros,
Estimado companheiro Eduardo Vasco Murua (camisa branca na foto),
Acabamos de tomar conhecimento do violento ataque que sofreram na Argentina e imediatamente decidimos organizar uma delegação ao Consulado da Argentina, em São Paulo, para exigir o fim da repressão e a devolução da fábrica aos seus trabalhadores.
Como tem conhecimento, aqui no Brasil sofremos a mesma repressão por parte do governo Lula, em 31 de maio de 2007, que determinou a intervenção nas fábricas ocupadas, Cipla e Interfibra , com uma tropa de mais de 150 policiais fortemente armados e, desde então, têm adotados medidas para fechar a fábrica. Hoje passam de 300 os demitidos e todos as conquistas da gestão democrática dos trabalhadores foram revogadas, como a redução para 30h a jornada de trabalho com a manutenção dos salários. Um movimento muito importante de resistência e apoio a luta aqui no Brasil e no mundo no se levantou contra o ataque fascista e intervenção. Na época contamos com a importante solidariedade do companheiro Murua da IMPA. Sabemos que a unidade do movimento operário pelo fim da intervenção foi determinante para impedir a invasão da Flaskô cerca de 45 dias após.
Por tudo isso estamos organizando para os dias 27 e 28 de junho um Tribunal Popular para Julgar a Intervenção das Fábricas Ocupadas, no Brasil. Desde já queremos convidá-los a estar presente com uma delegação de IMPA e de todo o vosso movimento.
Sabemos que todo fábrica fechada é um cemitério de postos de trabalho e por isso os patrões e seus lacaios não podem aceitar que nossa classe se levante contra a barbárie que o capital e seus governos organizam, por isso eles não podem aceitam que existam fábrica tomadas pelos trabalhadores que seguem a luta em defesa dos interesses de seus irmãos pelo fim da exploração de classe. Por isso eles nos atacam, e se utilizam da mais dura repressão para nos tentar dividir, desmoralizar e fazer abandonar nossa caminho de luta para o socialismo.
De outro lado, sabemos que a classe operária tudo pode, se sabe construir sua unidade e não se dobra aos interesses do capital. Os trabalhadores da IMPA tem demonstrado isso mantendo seus empregos nestes 10 anos. Por toda América Latina e no mundo vemos a resistência revolucionária dos trabalhadores cuja ponta de lança é a revolução venezuelana.
Por isso nos somamos a dura luta dos nossos irmãos trabalhadores da IMPA pelo fim da repressão e exigimos que devolvam a fábrica a seus trabalhadores que há mais de dez anos tem lutado pelos seus postos de trabalho.
Estamos a disposição dos companheiros para o que for necessário.
Um ataque a um é um ataque a todos!
Exigimos: Devolvam a fábrica a seus trabalhadores! Fim da repressão na IMPA!
Serge Goulart – Coordenador do Movimento das Fábricas Ocupadas do Brasil
Pedro Santinho – Coordenador da Flaskô (Fábrica sob controle dos trabalhadores/SP)
Caio Dezorzi – pela Secretaria da Esquerda Marxista
Reprimiram aos trabalhadores de IMPA e a colegas da ANTA-CTA, que acompanham a luta
No dia 17 de abril de 2008, sucederam-se feitos de repressão policial contra os trabalhadores da empresa recuperada IMPA e contra todos os colegas da Associação Nacional de Trabalhadores Autogestionados-CTA, que acompanham a luta pela manutenção da fonte de trabalho mantida de forma autogestionada por parte dos trabalhadores de dita fábrica.
Para contextualizar cabe esclarecer que a empresa autogestionada IMPA tem estado em concordata de credores desde 1997 e pagou 90% da dívida. Ainda que tendo chegado a um princípio de acordo com duas de seus credores faz menos de uma semana, o juiz resolveu pelo despejo de IMPA sem mediar nenhum tipo de negociação prévia e desconhecendo por completo as tratativas e acordos obtidos com ditos credores já citados.
Assim é que ordenou o despejo pela força da fábrica, o qual se concretizou na terça-feira 15 de abril de 2008, às 22 hs. É assim que no dia de ontem, 16 de abril de 2008, se juntou um grande grupo de trabalhadores autogestionados em apoio da fonte de trabalho dos colegas de IMPA, e pela continuidade trabalhista dos mesmos na empresa que souberam recuperar e pôr novamente em funcionamento faz anos atrás.
E neste dia, e para não sair de seu costume, a Polícia Federal reprimiu ferozmente a todos os colegas que mantinham a vigília na porta da fábrica. Sem mediar nenhuma provocação por parte dos colegas, senão simplesmente a pressão provocada pela presença no lugar e por manter viva consigna-a de que “IMPA é dos trabalhadores”, é que a polícia começou sua provocação e repressão mediante os jatos de seu carro hidrante ao que continuou com os disparos de balas de borracha e gases lacrimogêneos sem lhes importar para nada que dessa maneira podiam ferir gravemente, dado o estreito das ruas da zona, não somente aos colegas que estavam ali senão que também aos vizinhos que conhecem e apóiam aos trabalhadores de IMPA.
O resultado da feroz repressão é que detiveram a 35 colegas, dos quais 20 são de IMPA e 15 de cooperativas pertencentes a ANTA (Associação Nacional de Trabalhadores Autogestionados).
Por tudo isto solicitamos a todas as organizações, que estejam na senda da luta dos trabalhadores e pela reivindicação e defesa de seus postos de trabalho e por seus direitos, que difundam o sucedido da maneira o mais amplamente possível e também estar atentos a que SE TOCAM A UM NOS TOCAM A TODOS.
Muito obrigado por sua atenção e abraços para todos.
Traduzido de http://www.cta.org.ar/base/article9264.html
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