terça-feira, 5 de junho de 2007

Justiça Federal trata trabalhador como bandido e quer fechar as fábricas ocupadas

Para garantir mandado de intervenção judicial administrativa da Cipla e Interfibra, 150 policiais federais fortemente armados invadiram, nesta manhã, 31, as Fábricas Ocupadas. Expulsaram os atuais membros da Comissão que dirigem as empresas e já determinou mas de 100 demissões.
O objetivo, da ação expedida pelo juiz federal Oziel Francisco de Souza é a penhora sobre faturamento cobrar dívida milionária com o INSS deixada pelos antigos administradores Luis e Anselmo Batschauer, datada de 1998, nem que isso resulte no fechamento das empresas.
"- Lutamos tanto nesses quatro anos para sobreviver nas fábricas. Quando vi a polícia dentro do pátio, achei que era um pesadelo e iria acordar", disse um operador de máquina da Cipla.
Segundo o documento baseado em mentiras e calúnias infundadas feitas pelo Sindicato dos Plásticos de Joinville, "poder-se-á notar que o custo social da manutenção desses mil postos de trabalho é excessivamente alto. A partir daí, é possível até se sustentar que o custo para a sociedade é desproporcional ao benefício social gerado". (...)
"será que a manutenção do Grupo Cipla, gera, de fato, o bem à sociedade? Será que sua existência não estaria mais para um mal do que para um bem social?"
Como entender que o custo social gerado pela manutenção da fábrica é maior que o benefício gerado à mil famílias dependentes desses empregos? As dívidas cobradas são de responsabilidade dos patrões e dos governos e não dos trabalhadores que ocuparam as fábricas para garantir os empregos e direitos.

Campanha de solidariedade
Os trabalhadores não são bandidos e exigem o fim da intervenção judicial na Cipla e Interfibra e a imediata reintegração dos membros da Comissão.
Uma campanha em solidariedade à luta das Fábricas Ocupadas está sendo feita por vários sindicatos, federações e lideranças sociais nacionais e internacionais. Moções pedem a solidariedade e o apoio a todas as organizações sociais operárias da cidade e do campo para essa luta!
Joinville, 31 de maio de 2007.

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