Interventor instala regime de terror nas fábricas e ameaça fechar os 1200 postos de trabalho. Trabalhadores resistem e pedem solidariedade numa campanha de moções internacional.
Cerca de 150 homens da Polícia Federal invadiram a Cipla e a Interfibra em Joinville/SC na quinta-feira passada (31 de junho). Com ordens judiciais e mandatos de prisão contra os dirigentes das fábricas que estão sob controle operário, a administração foi passada para um interventor a mando dos antigos patrões, os irmãos Anselmo e Luís Batschauer, que respondem por inúmeros crimes cíveis, tributários e trabalhistas, devido a dívidas e corrupção.
Até o momento, o interventor já demitiu cerca de 100 trabalhadores, a começar por todos os membros do Conselho de Fábrica eleitos em assembléia. Além disso, a PF confiscou todos os bens que estavam na empresa, incluindo os de uso pessoal dos trabalhadores. Também cancelaram os telefones e os e-mails corporativos, na tentativa de impedir e vigiar a comunicação.
Imediatamente, uma campanha de moções se iniciou pelo país e mundo afora (ver em cima) e dois atos públicos se realizaram na sexta-feira (01 de junho). Um em frente à portaria da Cipla, com funcionários da empresa (que se recusam a aceitar a intervenção) mais os apoiadores de todo o Brasil. Outro na fábrica ocupada Flaskô (Sumaré/SP) que ainda não está tomada pela PF - apesar de pertencer ao mesmo grupo econômico e sofrer com a mesma intervenção judicial - mas corre sérios riscos de ficar inviabilizada, devido a procedimentos conjuntos com as unidades de Joinville/SC.
Os trabalhadores convocam ainda um grande ato nacional e internacional para o dia 13 de junho, na portaria da Cipla, precedido de uma atividade em Sumaré, no dia 12 de junho, às 19h, para preparar uma grande delegação à Joinville e comemorar os quatro anos de ocupação da Flaskô.
Entenda o caso
Há quase cinco anos, os trabalhadores da Cipla e Interfibra (de Joinville/SC) e da Flaskô (Sumaré/SP) ocuparam as empresas e as colocaram para funcionar, em resposta às ameaças de fechamento das fábricas e ao não pagamento de salários e direitos atrasados. Dessa forma, os trabalhadores mantêm os empregos, a produção e os salários, enquanto levantam uma campanha nacional e internacional de solidariedade. A cobrança é para o governo Lula reconhecer o parecer técnico do BNDES/BADESC que afirma a viabilidade das empresas, caso o passivo seja transformado em ativo, mediante a encampação pelos entes públicos. O documento faz jus à reivindicação dos trabalhadores de nacionalização das companhias, tal qual ocorre na Venezuela e na Bolívia.
Afinal, cerca de 80% dos R$ 500 milhões em dívidas que pesam sobre as empresas são com os cofres públicos e com os direitos dos trabalhadores, como FGTS e INSS recolhidos e não depositados. Tais valores nunca foram cobrados dos antigos donos, mas agora que as fábricas foram recuperadas pelos próprios trabalhadores, inúmeras ameaças jogam contra a determinação dos operários em manter seus postos de trabalho e o sustento de suas famílias.
Leilões de bens, máquinas e equipamentos, ações de penhora de faturamento e ameaça de prisão dos dirigentes se tornaram rotina, apesar das mobilizações em direção ao governo federal e dos acordos feitos com órgãos públicos.
No entanto, a decisão judicial favorável a uma ação do INSS, executada no dia 31 de junho por forte aparato policial, acaba por passar a administração a um interventor a mando dos irmãos Batschauer, da mesma maneira como ocorreu com outra fábrica do grupo, a Profiplast (SC) – cujos trabalhadores sofrem com quatro meses de atraso nos salários e com direitos não-pagos.
A intervenção implanta um regime de terror dentro das empresas, pois cinco capangas armados impedem a conversa entre os trabalhadores e o clima descontraído que existia no chão da fábrica quando ela estava sob controle operário.
Mais do que isso, a intervenção representa uma séria ameaça de fechamento das empresas, pois determina o pagamento do vultoso salário do interventor, de dívidas atrasadas desde 1998 e a penhora de 5% do faturamento da empresa.
Os trabalhadores não aceitam essa intervenção, querem restabelecer o controle das empresas que eles próprios recuperaram, restabelecer os acordos com órgãos públicos (como o assinado pelo próprio INSS) que visavam suspender todas as ações judiciais, enquanto se negocia com o presidente Lula a estatização das fábricas sob controle operário. Assim, os trabalhadores continuam a resistir e mantêm a disposição de lutar até o fim em defesa dos 1200 postos de trabalho. A campanha de moções já conta com centenas de aderentes e internacionalmente é divulgada pelo website www.marxist.com, da Corrente Marxista Internacional (CMI).
Cerca de 150 homens da Polícia Federal invadiram a Cipla e a Interfibra em Joinville/SC na quinta-feira passada (31 de junho). Com ordens judiciais e mandatos de prisão contra os dirigentes das fábricas que estão sob controle operário, a administração foi passada para um interventor a mando dos antigos patrões, os irmãos Anselmo e Luís Batschauer, que respondem por inúmeros crimes cíveis, tributários e trabalhistas, devido a dívidas e corrupção.
Até o momento, o interventor já demitiu cerca de 100 trabalhadores, a começar por todos os membros do Conselho de Fábrica eleitos em assembléia. Além disso, a PF confiscou todos os bens que estavam na empresa, incluindo os de uso pessoal dos trabalhadores. Também cancelaram os telefones e os e-mails corporativos, na tentativa de impedir e vigiar a comunicação.
Imediatamente, uma campanha de moções se iniciou pelo país e mundo afora (ver em cima) e dois atos públicos se realizaram na sexta-feira (01 de junho). Um em frente à portaria da Cipla, com funcionários da empresa (que se recusam a aceitar a intervenção) mais os apoiadores de todo o Brasil. Outro na fábrica ocupada Flaskô (Sumaré/SP) que ainda não está tomada pela PF - apesar de pertencer ao mesmo grupo econômico e sofrer com a mesma intervenção judicial - mas corre sérios riscos de ficar inviabilizada, devido a procedimentos conjuntos com as unidades de Joinville/SC.
Os trabalhadores convocam ainda um grande ato nacional e internacional para o dia 13 de junho, na portaria da Cipla, precedido de uma atividade em Sumaré, no dia 12 de junho, às 19h, para preparar uma grande delegação à Joinville e comemorar os quatro anos de ocupação da Flaskô.
Entenda o caso
Há quase cinco anos, os trabalhadores da Cipla e Interfibra (de Joinville/SC) e da Flaskô (Sumaré/SP) ocuparam as empresas e as colocaram para funcionar, em resposta às ameaças de fechamento das fábricas e ao não pagamento de salários e direitos atrasados. Dessa forma, os trabalhadores mantêm os empregos, a produção e os salários, enquanto levantam uma campanha nacional e internacional de solidariedade. A cobrança é para o governo Lula reconhecer o parecer técnico do BNDES/BADESC que afirma a viabilidade das empresas, caso o passivo seja transformado em ativo, mediante a encampação pelos entes públicos. O documento faz jus à reivindicação dos trabalhadores de nacionalização das companhias, tal qual ocorre na Venezuela e na Bolívia.
Afinal, cerca de 80% dos R$ 500 milhões em dívidas que pesam sobre as empresas são com os cofres públicos e com os direitos dos trabalhadores, como FGTS e INSS recolhidos e não depositados. Tais valores nunca foram cobrados dos antigos donos, mas agora que as fábricas foram recuperadas pelos próprios trabalhadores, inúmeras ameaças jogam contra a determinação dos operários em manter seus postos de trabalho e o sustento de suas famílias.
Leilões de bens, máquinas e equipamentos, ações de penhora de faturamento e ameaça de prisão dos dirigentes se tornaram rotina, apesar das mobilizações em direção ao governo federal e dos acordos feitos com órgãos públicos.
No entanto, a decisão judicial favorável a uma ação do INSS, executada no dia 31 de junho por forte aparato policial, acaba por passar a administração a um interventor a mando dos irmãos Batschauer, da mesma maneira como ocorreu com outra fábrica do grupo, a Profiplast (SC) – cujos trabalhadores sofrem com quatro meses de atraso nos salários e com direitos não-pagos.
A intervenção implanta um regime de terror dentro das empresas, pois cinco capangas armados impedem a conversa entre os trabalhadores e o clima descontraído que existia no chão da fábrica quando ela estava sob controle operário.
Mais do que isso, a intervenção representa uma séria ameaça de fechamento das empresas, pois determina o pagamento do vultoso salário do interventor, de dívidas atrasadas desde 1998 e a penhora de 5% do faturamento da empresa.
Os trabalhadores não aceitam essa intervenção, querem restabelecer o controle das empresas que eles próprios recuperaram, restabelecer os acordos com órgãos públicos (como o assinado pelo próprio INSS) que visavam suspender todas as ações judiciais, enquanto se negocia com o presidente Lula a estatização das fábricas sob controle operário. Assim, os trabalhadores continuam a resistir e mantêm a disposição de lutar até o fim em defesa dos 1200 postos de trabalho. A campanha de moções já conta com centenas de aderentes e internacionalmente é divulgada pelo website www.marxist.com, da Corrente Marxista Internacional (CMI).
Um comentário:
Evandro pinto pedindo dinheiro vai a rumar uma marcenaria e volta para tuas origem e leva Zoe comtigo,a teta a cabou cai na real,policia federal esta de parabens acabou com a quadrilha de bandidos. (bonzinhos)viva o interventor da justiça ,quer dinheiro vai trabalhar quem teconhece não vai dar nada beijinhos ex.fumcionarios da interfibra
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