Trabalhadores lutam para retomar o controle da empresa e campanha se estende
A empresa Cipla de Joinville/SC há quase cinco anos se manteve sob controle dos seus mil trabalhadores, mas mesmo depois de quatro caravanas à Brasília e diversas mobilizações contra as ameaças de fechamento da unidade... Mesmo depois das tentativas de acordo com órgãos públicos em relação às dívidas herdadas dos antigos donos e mesmo depois do BNDES/BADESC afirmarem que a “empresa é viável desde que o passivo milionário seja transformado em ativo mediante a encampação pelos entes públicos”, tal como deseja os trabalhadores desde o início da ocupação da fábrica...
Mesmo assim, o juiz federal Dr Oziel Francisco de Souza decidiu colocar um interventor no lugar do Conselho de Fábrica eleito pelos trabalhadores em assembléia. Para isso se baseou numa ação movida pelo INSS (ligado ao Ministério da Previdência) e com uma força armada de 150 homens da Polícia Federal (ligada ao Ministério da Justiça).
Todo o Conselho de Fábrica e mais alguns trabalhadores escolhidos a dedo pelo interventor Rainoldo Uessler foram demitidos por carta e impedidos de entrar na Cipla. Os que ficaram na empresa trabalham sob um regime de terror, com capangas armados circulando e vigiando os trabalhadores - que estão com medo de perderem seus empregos. Além disso, em menos de uma semana, o interventor já aumentou a jornada para oito horas por dia, quando os próprios trabalhadores haviam reduzido para 30 horas semanais no acordo coletivo histórico assinado pela CNQ/CUT em 2006. A decisão do juiz autoriza ainda o “saneamento” da empresa, o que pode levá-la ao fechamento.
Imediatamente em resposta, um acampamento se formou em frente à Cipla com os demitidos e apoiadores do movimento das fábricas ocupadas. Uma campanha nacional e internacional chamada “Tirem as mãos da Cipla” tem agregado cada vez mais adeptos pelo fim da intervenção judicial-militar na empresa e pela re-integração dos trabalhadores despedidos.
Ato na frente da empresa e campanha internacional
Além disso, ontem (13 de junho), uma manifestação na troca de turnos reuniu centenas de pessoas, de diversas entidades e movimentos sociais, incluindo uma delegação internacional. Entre as representações nacionais, destacam-se a da Federação Nacional dos Ferroviários (e seus sindicatos, como o de Bauru, MT, MS, SE, BA, Tubarão e PR), a CUT/SC, Sintrasem, Sind Têxteis e Rodoviários de Blumenau, Sind Quim do Vale dos Sinos (RS), trabalhadores da Ellen Metal (Caieiras/SP), MST, MTST, estudantes e funcionários da ocupação da reitoria da USP, entre outros.
Da Argentina, Eduardo Murua, do Movimento Nacional de Empresas Recuperada, expressou sua solidariedade. Do Paraguai, César Gonzáles, representou duas fábricas sob controle operário e transmitiu o apoio da CUT-Autêntica. Da Venezuela, Francisco Rivero, trouxe uma forte mensagem solidária da Freteco (Frente de Empresas Tomadas e em Co-gestão) e avisou que o governo do presidente Hugo Chávez não irá manter o acordo comercial que existe entre a Pequiven (estatal do ramo químico) e a Cipla, se a empresa brasileira permanecer sob intervenção judicial.
A campanha internacional também se estende à Inglaterra, Grécia, Dinamarca, México, Espanha, Áustria, Bélgica e Alemanha, onde foram feitas visitas às embaixadas brasileiras pedindo uma solução que atenda os trabalhadores. Em breve, outras embaixadas serão visitadas pela campanha.
Veja mais em www.marxist.com e acompanhe o dia-a-dia da luta contra a intervenção na Cipla pelo blog www.tiremasmaosdacipla.blogspot.com e continuem a enviar moções para que cessem as ameaças contra as fábricas ocupadas.
A empresa Cipla de Joinville/SC há quase cinco anos se manteve sob controle dos seus mil trabalhadores, mas mesmo depois de quatro caravanas à Brasília e diversas mobilizações contra as ameaças de fechamento da unidade... Mesmo depois das tentativas de acordo com órgãos públicos em relação às dívidas herdadas dos antigos donos e mesmo depois do BNDES/BADESC afirmarem que a “empresa é viável desde que o passivo milionário seja transformado em ativo mediante a encampação pelos entes públicos”, tal como deseja os trabalhadores desde o início da ocupação da fábrica...
Mesmo assim, o juiz federal Dr Oziel Francisco de Souza decidiu colocar um interventor no lugar do Conselho de Fábrica eleito pelos trabalhadores em assembléia. Para isso se baseou numa ação movida pelo INSS (ligado ao Ministério da Previdência) e com uma força armada de 150 homens da Polícia Federal (ligada ao Ministério da Justiça).
Todo o Conselho de Fábrica e mais alguns trabalhadores escolhidos a dedo pelo interventor Rainoldo Uessler foram demitidos por carta e impedidos de entrar na Cipla. Os que ficaram na empresa trabalham sob um regime de terror, com capangas armados circulando e vigiando os trabalhadores - que estão com medo de perderem seus empregos. Além disso, em menos de uma semana, o interventor já aumentou a jornada para oito horas por dia, quando os próprios trabalhadores haviam reduzido para 30 horas semanais no acordo coletivo histórico assinado pela CNQ/CUT em 2006. A decisão do juiz autoriza ainda o “saneamento” da empresa, o que pode levá-la ao fechamento.
Imediatamente em resposta, um acampamento se formou em frente à Cipla com os demitidos e apoiadores do movimento das fábricas ocupadas. Uma campanha nacional e internacional chamada “Tirem as mãos da Cipla” tem agregado cada vez mais adeptos pelo fim da intervenção judicial-militar na empresa e pela re-integração dos trabalhadores despedidos.
Ato na frente da empresa e campanha internacional
Além disso, ontem (13 de junho), uma manifestação na troca de turnos reuniu centenas de pessoas, de diversas entidades e movimentos sociais, incluindo uma delegação internacional. Entre as representações nacionais, destacam-se a da Federação Nacional dos Ferroviários (e seus sindicatos, como o de Bauru, MT, MS, SE, BA, Tubarão e PR), a CUT/SC, Sintrasem, Sind Têxteis e Rodoviários de Blumenau, Sind Quim do Vale dos Sinos (RS), trabalhadores da Ellen Metal (Caieiras/SP), MST, MTST, estudantes e funcionários da ocupação da reitoria da USP, entre outros.
Da Argentina, Eduardo Murua, do Movimento Nacional de Empresas Recuperada, expressou sua solidariedade. Do Paraguai, César Gonzáles, representou duas fábricas sob controle operário e transmitiu o apoio da CUT-Autêntica. Da Venezuela, Francisco Rivero, trouxe uma forte mensagem solidária da Freteco (Frente de Empresas Tomadas e em Co-gestão) e avisou que o governo do presidente Hugo Chávez não irá manter o acordo comercial que existe entre a Pequiven (estatal do ramo químico) e a Cipla, se a empresa brasileira permanecer sob intervenção judicial.
A campanha internacional também se estende à Inglaterra, Grécia, Dinamarca, México, Espanha, Áustria, Bélgica e Alemanha, onde foram feitas visitas às embaixadas brasileiras pedindo uma solução que atenda os trabalhadores. Em breve, outras embaixadas serão visitadas pela campanha.
Veja mais em www.marxist.com e acompanhe o dia-a-dia da luta contra a intervenção na Cipla pelo blog www.tiremasmaosdacipla.blogspot.com e continuem a enviar moções para que cessem as ameaças contra as fábricas ocupadas.
Em breve divulgaremos trechos das falas dos companheiros que usaram o microfone no ato.
6 comentários:
Parabéns pela matéria!! A luta é contínua!
La lucha de los trabajadores de CIPLA es un ejemplo para todos. Enviamos tus informaciones a todos de los sindicatos en que tenemos companeros aqui.
Con solidaridad, venceremos!
The struggle of the CIPLA workers is an example for us all. We are raising your fight in all of the unions here where we have comrades. United we will win! Venceremos!
Terry McPartlan, Tyneside. Britain
vocês são uns desocupados que não sabem da real luta dos trabalhadores, só querem se encostar e aparecer na fábrica uma vez por mês para receber os salários.
contem a verdade.
conta a verdade Serge.
os salários não estavam em dia, o inteventor veio para salvar a Cipla. é uma benção.
NÃO DELETE VAMOS MOSTRAR AVERDADE
CHEGA DE POLITICAGEM NINGEM ACREDITA EM VCS
TIREM AS MAÕS DA CIPLA A POLICIA FEDERAL JA TIROU QUEM NÃO PRESTAVA DE LÁ , ERA COMISSÃO, QUEM A SINA EX. TRABALHADOR QUE SAIU E NÃO RECEBEU OS DIREITOS TRABALHISTA.
Serge vc e ateu pregava isto na empresa cipla a gora vai comesar aresar, rezar para jesus e todos os santos
1000 trabalhador mentira em 2006 tinhamos 600 trabalhador + 180 na interfibra lei era asim manda quem pode o bedece quem tem juizo se não vai pra rua eu fui porque não concodei a politicagem .empresa não era cotrolada pelos trabalhador serge não era funcionario da cipla ate 2006 era o poderoso chefão fez ate uma redução de estomago quem pagou cipla claro tudo particular para um fucionario chão de fabrica não tinha nem para uma utrasom
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