quinta-feira, 5 de julho de 2007

Diretor da estatal petroquímica da Venezuela contra a intervenção

Nessa carta, o diretor da Pequiven mantém o acordo com o movimento das fábricas ocupadas e, portanto, se recusa a entregar matéria-prima ou a ajudar as fábricas que estão sob intervenção.

“20 de junho de 2007

Querido Serge Goulart
Coordenador do Movimento de Fábricas ocupadas de Brasil.

Tomando conhecimento da decisão judicial, a pedido do INSS, de intervenção sobre CIPLA e INTERFIBRA, que retira o controle dos trabalhadores e da comissão de fábrica eleita pelos mesmos; me dirijo a ti e a todos os envolvidos pela medida judicial, para expressar nossa solidaridade com vocês.
Por isso, comunicamos que suspendemos toda a entrega de matérias-primas e qualquer outro tipo de ajuda para as fábricas sob intervenção. De acordo com a carta compromisso assinada por ambas as partes no Primeiro Encontro de Empresas Recuperadas pelos Trabajadores, (outubro de 2005) onde se estabelece em seu artigo 10 que: “A presente carta compromisso será rescindida nos seguintes termos:
- Quando na República Bolivariana de Venezuela não se tenha um governo democraticamente eleito.
- Quando os Trabalhadores das empresas Brasileiras Recuperadas não tenham o controle das mesmas".
Com respeito à matéria prima que hoje se encontra em Brasil, na empresa TBLV, solicitamos que lhes informe que não seja entregue a ninguém até nova comunicação.
Como nosso acordo, entre Pequiven e o Movimento de Fábricas Ocupadas foi uma decisão presidencial, o acordo está suspenso até que recebamos instruções.

Solidariamente
Francisco Toro, diretor da Pequiven”

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