Semanalmente, panfletos e jornais são distribuídos aos trabalhadores da Cipla e da Interfibra e também à população de Joinville/SC pelo comitê contra a intervenção nas fábricas ocupadas. Abaixo há um texto que concentra algumas dessas informações.
A situação da Cipla no momento da intervenção
O faturamento da Cipla/ Interfibra atingiu próximo de cinco milhões, sem um centavo de ajuda governamental, mas continuou faltando três milhões para atingir o ponto de equilíbrio, ou seja, aquilo que as empresas tem que faturar para honrar todos os seus custos. Portanto, todos os meses as dividas se acumulavam, o que impediu, por exemplo, da comissão saldar o FGTS e todos os impostos.
O salário e o 13º de 2003 até 2005 estavam em dia. O 13º de 2006 faltava quitar a metade, que seria acertada no mês de junho através da matéria prima vinda da Venezuela, mas a intervenção impediu.
Dos salários não pagos pelos patrões foi liquidado 80%, e mais de dois milhões de reais foi honrado do passivo trabalhista deixado pelos patrões.
Como o faturamento ainda não havia atingido o ponto de equilíbrio, era necessário escolher o que pagar e o que deixar para traz. Com isso, uma parte do ICMS, o INSS do empregado, assim como o IRF foi acertado desde fevereiro de 2003. Mas à parte do empregador, assim como o FGTS e outros encargos, se fossem pagos, não teria como honrar o salário ou a matéria prima. Então, os trabalhadores fizeram a escolha de só acertar estes impostos quando houvesse condições, que não foi alcançada até a intervenção.
Conquistas como o fim do banco de horas, a redução da jornada de trabalho em abril de 2003 de 44 para 40 horas semanais e em janeiro de 2007 de 40 para 30 horas semanais, o sábado e domingo livre para a família, foram comemoradas pelos trabalhadores. Todas as linhas gerais da administração eram decididas em assembléias gerais com todos os trabalhadores.
Além de ter mantido todos os mil postos de trabalho, neste ano, com a adoção das 30 horas, foram incrementados mais cem novos postos de trabalho, ou seja, novos empregos gerados.
Portanto, o Juiz foi leviano e infeliz quando afirmou que quase nada ou muito pouco mudou na gestão da Comissão de Fábrica.
A situação hoje sob a direção do interventor
A primeira medida do interventor foi acabar com todas as conquistas da gestão operária sob direção da Comissão de Fábrica. OS SALÁRIOS ESTÃO SENDO ATRASADOS. Falta pagar uma parte de abril, em maio foi pago apenas mil reais e o de junho foi pago, até o momento, cento e cinqüenta reais. O motivo? Primeiro tem que ser pago a fortuna escandalosa do interventor de OITENTA E SETE MIL REAIS por mês. Além disso, não há mais 30 horas semanais, o banco de horas foi reinstalado e o trabalhador que antes ajudava nas decisões, hoje não é sequer consultado para mais nada.
O interventor anunciou nos jornais, rádios e TV´s que ninguém seria demitido. No entanto, já ocorreram, em torno de cinqüenta demissões por JUSTA CAUSA, entre os demitidos estão Dona Onélia, uma senhora de 66 anos de idade e 36 anos de Cipla, e Domingos da Rosa com 52 anos de idade e 32 de Interfibra. Esta foi a recompensa paga por décadas de dedicação. Mas novas demissões estão a caminho. O interventor, junto com a nova camarilha que comanda as empresas, pretende demitir mais 150 trabalhadores para enxugar 20% da folha de pagamento, ou seja, 160 mil reais de um total de 800 mil reais. Estão na lista de corte todos os aposentados, os ferramenteiros, as cozinheiras, as zeladoras e os vigilantes. Estes setores estão em fase de terceirização.
O absurdo se amplia quando o motivo alegado para a intervenção, até o momento não foi cumprido pelo interventor: o pagamento mensal de 5% do faturamento para o INSS. Passou o mês de junho, já está se chegando em meados de julho e nenhum centavo foi recolhido. Pior, tanto o Juiz como o órgão do governo faz vistas grossas. Mas então para que intervenção?
A situação da Cipla no momento da intervenção
O faturamento da Cipla/ Interfibra atingiu próximo de cinco milhões, sem um centavo de ajuda governamental, mas continuou faltando três milhões para atingir o ponto de equilíbrio, ou seja, aquilo que as empresas tem que faturar para honrar todos os seus custos. Portanto, todos os meses as dividas se acumulavam, o que impediu, por exemplo, da comissão saldar o FGTS e todos os impostos.
O salário e o 13º de 2003 até 2005 estavam em dia. O 13º de 2006 faltava quitar a metade, que seria acertada no mês de junho através da matéria prima vinda da Venezuela, mas a intervenção impediu.
Dos salários não pagos pelos patrões foi liquidado 80%, e mais de dois milhões de reais foi honrado do passivo trabalhista deixado pelos patrões.
Como o faturamento ainda não havia atingido o ponto de equilíbrio, era necessário escolher o que pagar e o que deixar para traz. Com isso, uma parte do ICMS, o INSS do empregado, assim como o IRF foi acertado desde fevereiro de 2003. Mas à parte do empregador, assim como o FGTS e outros encargos, se fossem pagos, não teria como honrar o salário ou a matéria prima. Então, os trabalhadores fizeram a escolha de só acertar estes impostos quando houvesse condições, que não foi alcançada até a intervenção.
Conquistas como o fim do banco de horas, a redução da jornada de trabalho em abril de 2003 de 44 para 40 horas semanais e em janeiro de 2007 de 40 para 30 horas semanais, o sábado e domingo livre para a família, foram comemoradas pelos trabalhadores. Todas as linhas gerais da administração eram decididas em assembléias gerais com todos os trabalhadores.
Além de ter mantido todos os mil postos de trabalho, neste ano, com a adoção das 30 horas, foram incrementados mais cem novos postos de trabalho, ou seja, novos empregos gerados.
Portanto, o Juiz foi leviano e infeliz quando afirmou que quase nada ou muito pouco mudou na gestão da Comissão de Fábrica.
A situação hoje sob a direção do interventor
A primeira medida do interventor foi acabar com todas as conquistas da gestão operária sob direção da Comissão de Fábrica. OS SALÁRIOS ESTÃO SENDO ATRASADOS. Falta pagar uma parte de abril, em maio foi pago apenas mil reais e o de junho foi pago, até o momento, cento e cinqüenta reais. O motivo? Primeiro tem que ser pago a fortuna escandalosa do interventor de OITENTA E SETE MIL REAIS por mês. Além disso, não há mais 30 horas semanais, o banco de horas foi reinstalado e o trabalhador que antes ajudava nas decisões, hoje não é sequer consultado para mais nada.
O interventor anunciou nos jornais, rádios e TV´s que ninguém seria demitido. No entanto, já ocorreram, em torno de cinqüenta demissões por JUSTA CAUSA, entre os demitidos estão Dona Onélia, uma senhora de 66 anos de idade e 36 anos de Cipla, e Domingos da Rosa com 52 anos de idade e 32 de Interfibra. Esta foi a recompensa paga por décadas de dedicação. Mas novas demissões estão a caminho. O interventor, junto com a nova camarilha que comanda as empresas, pretende demitir mais 150 trabalhadores para enxugar 20% da folha de pagamento, ou seja, 160 mil reais de um total de 800 mil reais. Estão na lista de corte todos os aposentados, os ferramenteiros, as cozinheiras, as zeladoras e os vigilantes. Estes setores estão em fase de terceirização.
O absurdo se amplia quando o motivo alegado para a intervenção, até o momento não foi cumprido pelo interventor: o pagamento mensal de 5% do faturamento para o INSS. Passou o mês de junho, já está se chegando em meados de julho e nenhum centavo foi recolhido. Pior, tanto o Juiz como o órgão do governo faz vistas grossas. Mas então para que intervenção?
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