1. A cada dia está mais claro a articulação do capital, de suas organizações como a FIESP e a ABIPLAST, e dos traidores de nossa classe que se venderam ao capital para destruir o movimento das fábricas ocupadas e tentar esmagar a luta dos trabalhadores do campo e da cidade.
2. Desde que o governo federal invadiu a fábrica ocupada Cipla em 31 de maio para demitir a comissão de fábrica e perseguir trabalhadores na fábrica ocupada Flaskô (em Sumaré/SP), os trabalhadores têm se organizado para se defender contra este ataque que busca levar as fábricas ao fechamento. Já no dia 01 de junho realizamos uma grande ato/piquete contra uma possível invasão pela policia federal do governo Lula a serviço dos lacaios do capital. Mantivemos a fábrica funcionando sob o controle democrático dos trabalhadores enquanto organizamos a Campanha "Tirem as Mãos da Cipla" e uma grande delegação para o ato de 13 de julho em Joinville/SC.
3. No dia 20 de julho o interventor, acompanhado de capangas, tenta invadir a Flaskô, demitindo três membros do Conselho de Fábrica e tem como resposta a determinação dos operários que pararam a produção contra os ataques e fizeram o interventor recuar das demissões. No dia 21 tenta novamente invadir a fábrica, mas logo pela manhã, menos de 12 horas depois da primeira investida, os trabalhadores da Flaskô organizaram um grande piquete, que contou com a solidariedade do movimento operário da região e expulsamos o Interventor. Impotente, o interventor por 2 vezes ameaçou o coordenador do Conselho de Fábrica Pedro Santinho, que recebeu ligações com afirmações do tipo: "vou acabar com vocês, vou voltar a Flaskô, se não consigo com a polícia federal, a marinha, a aeronáutica ou consigo de qualquer outro jeito".
4. Diante da determinação dos trabalhadores, que tiravam força do apoio e da solidariedade nacional e internacional da campanha "Tirem as Mãos da Cipla" que a cada dia se ampliava e se amplia, o Interventor decidiu adotar medidas na Cipla para sabotar a produção da Flaskô e levar a fábrica o mais rapidamente ao seu fechamento, suspendendo o sistema integrado de administração que as empresas compartilhavam, suspendendo e bloqueando o sistema de internet e rede, e mais do que isso enviando cartas, e-mails e fazendo contatos telefônicos afirmando aos clientes da Flaskô que os peças que os trabalhadores produziam com seu suor eram roubadas, tentando dissuadi-los de continuar comprado os produtos da Flaskô. Mas a determinação dos trabalhadores de continuar trabalhando ainda ganhava: restabelecemos as operações parcialmente, os sistemas de rede e internet totalmente e já estávamos em contatos e com agendas nos clientes para esclarecer os fatos. E mais do que isso, a cada dia com mais apoio, com a Executiva Nacional da CUT declarando apoio, o Congresso do MST, além de outras centenas de entidades.
5. Diante da determinação dos trabalhadores da Flaskô, que permaneciam dando as cartas e controlando a fábrica, o interventor fez um acordo com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) - que realizou trabalhos clandestinos na rede de energia da Flaskô e implantou um sistema de corte de energia à distancia, para burlar e impedir a mobilização contra qualquer tentativa de corte ou ameaça. Com isso no dia 27 de junho, às 17h55, realizaram o corte da energia, surpreendendo todos. Mas os trabalhadores responderam prontamente: no dia seguinte realizamos um grande o ato na porta da CPFL e às 13 horas dois membros do Conselho de Fábrica da Flaskô foram recebido pela Diretoria da CPFL e escutaram a condição para o religamento: que os trabalhadores aceitem o Interventor!
Está mais claro do que nunca: diante da impotência de vencer os trabalhadores, o Interventor mostrou claramente ao que veio: fechar as fábricas ocupadas, acabar com o movimento das fábricas ocupadas. E se aliou com a empresa privada CPFL, privatizada pelo governo de direita do PSDB, e que mais do que isso recebeu a menos de um mês mais de 270 milhões de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Dinheiro do governo Lula, dinheiro público para financiar o fechamento de fábrica. Já é hora de discutir a reestatização do sistema de energia! Pois não podemos acreditar no dito "caráter social" da CPFL e seus falsos centros culturais.
6. Os trabalhadores da Flaskô se mantêm organizados, unidos e sabem que estão para ser atacados a qualquer momento. Mas sabemos que também que não há força que resista à unidade, à determinação da classe operária, "blindada" com a solidariedade nacional e internacional. Venceremos!
Por isso decidimos:
a) Não aceitamos nenhum interventor na Flaskô. A Flaskô é dos trabalhadores! Fim da Intervenção na Cipla e na Interfibra!
b) Ampliar a campanha internacional dirigida ao presidente Lula e ao Ministro Luis Marinho para que retirem o pedido de intervenção nas Fábricas Ocupadas.
c) Ampliar os esforços com o objetivo de retomar a produção na Flaskô, adotando todas as medidas cabíveis. Não fecharão a Flaskô! Apelamos a todos o movimento operário: ajudem-nos a retomar a produção!
d) Dirigir um pedido direto a Artur Henrique, eletricitário e presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e ao Sindicato os Eletricitários do Estado de São Paulo para que ajudem a ampliar a campanha de denúncia contra a CPFL.
e) Decidimos nos somar ao Ato de Ocupação do Congresso Nacional nesse dia 4 de julho, organizado pela CUT contra a Emenda 3 e o PLP-01, apresentando pedido de apoio à exigência pela fim da intervenção nas fábricas ocupadas.
f) Ampliar a solidariedade e a luta contra o fechamento de fábricas, pelo controle operário, no Brasil e no Mundo. Fábrica quebrada é fábrica ocupada! Fábrica Ocupada deve ser estatizada! Sob esta bandeira nos somamos à preparação do II Encontro Latino Americano de Fábricas Recuperadas pelos Trabalhadores, em outubro de 2007 em Caracas na Venezuela.
Coordenação do Conselho de Fábrica da Flaskô, após assembléia dos trabalhadores realizada em 29 de junho de 2007.
2. Desde que o governo federal invadiu a fábrica ocupada Cipla em 31 de maio para demitir a comissão de fábrica e perseguir trabalhadores na fábrica ocupada Flaskô (em Sumaré/SP), os trabalhadores têm se organizado para se defender contra este ataque que busca levar as fábricas ao fechamento. Já no dia 01 de junho realizamos uma grande ato/piquete contra uma possível invasão pela policia federal do governo Lula a serviço dos lacaios do capital. Mantivemos a fábrica funcionando sob o controle democrático dos trabalhadores enquanto organizamos a Campanha "Tirem as Mãos da Cipla" e uma grande delegação para o ato de 13 de julho em Joinville/SC.
3. No dia 20 de julho o interventor, acompanhado de capangas, tenta invadir a Flaskô, demitindo três membros do Conselho de Fábrica e tem como resposta a determinação dos operários que pararam a produção contra os ataques e fizeram o interventor recuar das demissões. No dia 21 tenta novamente invadir a fábrica, mas logo pela manhã, menos de 12 horas depois da primeira investida, os trabalhadores da Flaskô organizaram um grande piquete, que contou com a solidariedade do movimento operário da região e expulsamos o Interventor. Impotente, o interventor por 2 vezes ameaçou o coordenador do Conselho de Fábrica Pedro Santinho, que recebeu ligações com afirmações do tipo: "vou acabar com vocês, vou voltar a Flaskô, se não consigo com a polícia federal, a marinha, a aeronáutica ou consigo de qualquer outro jeito".
4. Diante da determinação dos trabalhadores, que tiravam força do apoio e da solidariedade nacional e internacional da campanha "Tirem as Mãos da Cipla" que a cada dia se ampliava e se amplia, o Interventor decidiu adotar medidas na Cipla para sabotar a produção da Flaskô e levar a fábrica o mais rapidamente ao seu fechamento, suspendendo o sistema integrado de administração que as empresas compartilhavam, suspendendo e bloqueando o sistema de internet e rede, e mais do que isso enviando cartas, e-mails e fazendo contatos telefônicos afirmando aos clientes da Flaskô que os peças que os trabalhadores produziam com seu suor eram roubadas, tentando dissuadi-los de continuar comprado os produtos da Flaskô. Mas a determinação dos trabalhadores de continuar trabalhando ainda ganhava: restabelecemos as operações parcialmente, os sistemas de rede e internet totalmente e já estávamos em contatos e com agendas nos clientes para esclarecer os fatos. E mais do que isso, a cada dia com mais apoio, com a Executiva Nacional da CUT declarando apoio, o Congresso do MST, além de outras centenas de entidades.
5. Diante da determinação dos trabalhadores da Flaskô, que permaneciam dando as cartas e controlando a fábrica, o interventor fez um acordo com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) - que realizou trabalhos clandestinos na rede de energia da Flaskô e implantou um sistema de corte de energia à distancia, para burlar e impedir a mobilização contra qualquer tentativa de corte ou ameaça. Com isso no dia 27 de junho, às 17h55, realizaram o corte da energia, surpreendendo todos. Mas os trabalhadores responderam prontamente: no dia seguinte realizamos um grande o ato na porta da CPFL e às 13 horas dois membros do Conselho de Fábrica da Flaskô foram recebido pela Diretoria da CPFL e escutaram a condição para o religamento: que os trabalhadores aceitem o Interventor!
Está mais claro do que nunca: diante da impotência de vencer os trabalhadores, o Interventor mostrou claramente ao que veio: fechar as fábricas ocupadas, acabar com o movimento das fábricas ocupadas. E se aliou com a empresa privada CPFL, privatizada pelo governo de direita do PSDB, e que mais do que isso recebeu a menos de um mês mais de 270 milhões de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Dinheiro do governo Lula, dinheiro público para financiar o fechamento de fábrica. Já é hora de discutir a reestatização do sistema de energia! Pois não podemos acreditar no dito "caráter social" da CPFL e seus falsos centros culturais.
6. Os trabalhadores da Flaskô se mantêm organizados, unidos e sabem que estão para ser atacados a qualquer momento. Mas sabemos que também que não há força que resista à unidade, à determinação da classe operária, "blindada" com a solidariedade nacional e internacional. Venceremos!
Por isso decidimos:
a) Não aceitamos nenhum interventor na Flaskô. A Flaskô é dos trabalhadores! Fim da Intervenção na Cipla e na Interfibra!
b) Ampliar a campanha internacional dirigida ao presidente Lula e ao Ministro Luis Marinho para que retirem o pedido de intervenção nas Fábricas Ocupadas.
c) Ampliar os esforços com o objetivo de retomar a produção na Flaskô, adotando todas as medidas cabíveis. Não fecharão a Flaskô! Apelamos a todos o movimento operário: ajudem-nos a retomar a produção!
d) Dirigir um pedido direto a Artur Henrique, eletricitário e presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e ao Sindicato os Eletricitários do Estado de São Paulo para que ajudem a ampliar a campanha de denúncia contra a CPFL.
e) Decidimos nos somar ao Ato de Ocupação do Congresso Nacional nesse dia 4 de julho, organizado pela CUT contra a Emenda 3 e o PLP-01, apresentando pedido de apoio à exigência pela fim da intervenção nas fábricas ocupadas.
f) Ampliar a solidariedade e a luta contra o fechamento de fábricas, pelo controle operário, no Brasil e no Mundo. Fábrica quebrada é fábrica ocupada! Fábrica Ocupada deve ser estatizada! Sob esta bandeira nos somamos à preparação do II Encontro Latino Americano de Fábricas Recuperadas pelos Trabalhadores, em outubro de 2007 em Caracas na Venezuela.
Coordenação do Conselho de Fábrica da Flaskô, após assembléia dos trabalhadores realizada em 29 de junho de 2007.
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